Era
uma vez….
Um
anjo doutros céus em peregrinação. Tinha mil anos quando nasceu. Investido do
poder da sedução, com esta, fez a sua legião.
Cavalgou
os terrenos pantanosos, onde se formou, na idade dos porquês tudo nele eram teses
vivenciadas, saturadas, vazias.
Luz
e escuridão, empurrar e puxar, como as marés que a Lua provoca no mar, fez
castelos para o siroco habitar.
Fez-se
homem no alimento de tantos seres, aproxima-se de Deus, para a
ele se igualar, ou quem sabe, nele se encontrar, veste-se de paz, sem a conseguir assimilar.
De guerreiro se investe qual cavaleiro feudal, em demanda intemporal, de um graal orlado
de conchas e raios de sol, onde minas dão flor de minério exuberante.
Emite
esteira de amarga luz que se matura e engrandece no amor que colhe sem nunca o semear.
Baloiça-se
nas ondas, na lua adormece. Cresce e retorna à origem do céu de onde emigrou
pela escada da liberdade, porque é um Anjo, que ensaia o voar.
O seu rumo?
Aprender, a conjugar o verbo Amar.