terça-feira, 14 de agosto de 2012

Comunicação


Comunicação

“A palavra é metade de quem a pronuncia

e metade de quem a ouve”

Montaigne

Comunicar, não é o mesmo que falar!

Ao longo das eras, a comunicação foi perdendo a pureza inerente à razão da sua função, passando a ser, a proposta conveniente que uns, tentam fazer prevalecer sobre os outros.

Comunicare” vem do latim e significa “tornar comum”. O ser humano no seu caminho evolutivo, e pela comunicação, ia tornando comum, as suas ideias, saberes e sentires.

Circunstâncias similares em época, ou situação geográfica, eram a base da comunicação, da sabedoria e dos conhecimentos, herança de cada povo aos seus descendentes.

No decorrer do percurso evolutivo e civilizacional, o Comunicare adquire personalidade, incorpora as linhas condutoras da materialidade. Estas por sua vez, tornam-se também, as teias, os véus do nosso campo emocional.

E o Comunicare passa, de elo de união, a ferramenta de imposição e consequente exploração, porque…A Alma silencia.

Duas vertentes passam a reger a comunicação:

- A supremacia do ego

- O interesse financeiro

Estas vertentes subdividem-se ainda em várias escalas.

Na interacção individual, e na maior parte dos casos, o Comunicare tornou-se um jogo de Ping-Pong onde lançador/receptor/lançador não vêm sequer a bola passar.

Tudo aquilo que emitimos, quando em veracidade, reveste-se da cor da consciência superior – tudo aquilo que recepcionamos, e quando despertos, só pode ser apreciado à luz dessa mesma consciência.

Pela interferência instintiva do ego tornamo-nos analistas de resultado pré programado.

Ou seja, digerimos a comunicação que nos chega, com os ácidos armazenados no nosso celeiro emocional. As nossas vivências, bem ou mal resolvidas, são o tradutor da informação que recebemos.

A essência da comunicação desta entrega é: reflexão para um bom  reconhecimento.

Num processo intencional de expansão de consciência, toda comunicação que nos chega deve transpor a barreira do ego, o escolho emocional, e ser reflectida ao âmago do nosso Ser.

Aí, o reconhecimento aflora de imediato sobre tudo aquilo que é verídico, que faz parte da nossa verdade.

Daí também, podemos depois reflectir nos outros, e no mais puro Comunicare, o SER, e como tal…Dar voz à Alma.

A.