Nunca como hoje a palavra foi usada como salvaguarda da
desarmonia interior.
Numa liberdade abusiva de conceitos tão sagrados como o amor,
a amizade, o altruísmo, a verdade, a compaixão, faz-se uso da palavra para
encenar realidades fingidas, para conspurcar sentimentos, para disfarçar a
perversidade.
Nunca como hoje o Céu se compungiu na figura dos seus anjos
caídos, no cativeiro das suas horrendas máscaras pintadas de virtudes, na
faculdade de inocularem a sua pestilência moral, devassa loucura, em pretensos
aromas de arautos espirituais.
Atrás de tempo, tempo vem! E o da veracidade trará a onda da
transparência imaculada que varrerá até a mais ínfima partícula de infâmia, e
esse tempo é chegado.
8 de Julho de 2013