segunda-feira, 30 de julho de 2018

O Perdão



“O perdão é um acto unilateral de amor»
José Tolentino de Mendonça


Quando perdoamos, é um sentir de nós para nós que nada tem a ver com outros.
A imensa carga de desarmonia que grassa no mundo devido às condições previstas para as grandes mudanças e paradigmas de consciência, aliada às já existentes em tantos seres, tornam os relacionamentos de qualquer tipo num campo fértil de factos e ocasiões onde o exercício do perdão se torna imperativo.
Mas também sabemos que são inúmeras as ópticas pelas quais os envolvidos em situações desarmónicas com os seus variados níveis de gravidade e intensidade, se esquivam da responsabilidade, humildade, consciência dos seus actos, o que retira, obviamente, seriedade e autenticidade à intenção do “perdão”
Assim o conceito que denominamos de perdão, deve, antes de mais, tornar-se “num acto unilateral de amor”.
Devemos perceber que perdoarmo-nos é a regra de ouro para a cura de qualquer ferimento, o outro, ou outros, têm as suas próprias contas e ajustes consigo mesmos e com o Universo.
Tenhamos sempre presente, que perdoar, não impõe aceitação, conotação, ou qualquer outra forma de desrespeito aos nossos sentires ou convicções, apenas e tão só nos impulsiona para o degrau seguinte onde a visão se reajusta, as escolhas se tornam mais lúcidas, pela junção da integralidade do nosso Ser, e assim, possamos percorrer o Caminho, agora mais iluminado pelas vias do amor que a nós próprios concedemos, e que no caso podemos chamar “perdão”

A.