Não acorras ao apelo da minha Alma, permite-me...seria uma graça...quiçá um dia... desfrutar do apelo da tua, em que sem norma, hora ou obrigação, sinta a alegria do teu Ser, apenas e só pelo desejo da vibração uníssona, que as vozes irradiam.
Não iluda a tua compaixão, o eventual ciciar das minhas lágrimas
nas fibras sensíveis do teu coração, pois aquelas são, um corolário de alegria e gratidão
Como te posso explicar que
nada existe que me possas dar, talvez, e apenas ... que eu te possa saber em paz, em harmonia, feliz.
Como perceberes que esta ligação não é deste mundo, que a matéria,
não tira nem põe grau ou intensidade a este fogo ardente, antigo e profundo, de
Deus, um presente.
O que preciso está no ar que respiro, pois é o mesmo que te permite
respirar, e o que mais preciso está no éter, lousa do supremo escultor que
me ensinou a essência do amor.
Quando, e o que dás de ti, é uma chuva de água viva, que rega assim
mesmo os meus campos pelos sagrados canais que nos unem.
O céu tal como o amor, tem razões que a razão desconhece e como tal
a incompreensão do inconcebível, e impossível, pois assim se expressa a omnipotente
e infinita sabedoria divina.
Eu sempre estarei nos sulcos de mel do teu olhar, na graça do teu sorriso infantil, no trigo que com teu verbo agitas, e sou,
também, graal do amor que aos demais dedicas...
na aparente diferença...tempo, espaço, separação ilusória...