segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Salvação

Tudo o que cruza a nossa vida é de vital importância ao nosso desenvolvimento, num, ou em todos os nossos campos holísticos.

Após perceber a situação, vivenciá-la, cabe-nos fazer a desfolhada, separar o trigo do jóio, na eira sempre renovada que é o nosso dia-a-dia. Integrar o ensinamento, e elevar a consciência do mesmo, a outros patamares.

Olhar cada experiência com o profundo respeito que devemos aos bons professores, pois quanto mais marcante é a prova, mais serviu e foi proveitosa ao processo evolutivo comum a todos nós, e que mais não é que a razão primordial de cada vivência encarnatória.

A escolha do título desta entrega, “Salvação” advém do facto de que este conceito antigo e por tantas vezes desvirtuado, é hoje de novo usado, fazendo parte do pacote de ofertas em panfletos publicitários, divulgadores de métodos “salvatórios” e de “salvadores”, da felicidade, abundância, e saúde dos seres humanos.

Queridos amigos, ao confrontarmo-nos com uma dessas publicidades, talvez seja chegada a hora da pergunta interior: mas salvar-me de quê ou de quem?

A palavra salvação tem origem no grego “Soteria”, que significa: cura, redenção.

Por séculos, e interesses por demais conhecidos, as grandes organizações religiosas valeram-se da ignorância e da violência, promotoras e geradoras do medo, para imporem a salvação como contrapartida da aceitação dos seus dogmas.

As palavras de Jesus, o grande Mestre, o filósofo do amor fraternal, nunca foram, Eu salvo-vos, mas sim:



“Pegai na vossa cruz  (caminho de superação) e segui-me”



E o Caminho da Superação é antes de mais, a aquisição da total liberdade da autoconsciência, da busca do fio de religação à Alma, da fusão ao Eu Divino do qual somos faúlhas andantes.

Cada experiência de vida é essencial para delinear o mapa do reencontro, assim tiremos a devida ilacção e compreensão de cada uma delas.

Em cada etapa (vida), por cada volta da Roda de Sansara, somos co-participantes nas escolhas dos veículos (condições, pessoas, timings, acontecimentos) que melhor se adequam à meta evolutiva que nós próprios definimos alcançar progressivamente por:

- acção/reacção

- vivência/aprendizado

- incorporação dos conhecimentos = a sabedoria

- desprendimento gradual da matéria = a desapego

- conhecer, perceber e aceitar o processo vida (aqui e além).

- fusão por compaixão = a amor incondicional, com cada Ser.

E tudo isto meus queridos é simples. O segredo desta receita é que nada, nem ninguém o podem fazer por nós, é um processo individual, que se concretiza pela interacção com o Todo e Todos os que connosco partiham estes maravilhosos Tempos de Mudança.

Abraço fechado

A.



26 de Setembro de 2011