terça-feira, 19 de junho de 2012

O Céu alerta - Reflexões

Ler – Falar – Escutar – em diagonal……

O título desta entrega, representativo da postura de tantos seres tem como resultado, o tracejado, a inconsequência da vida, e o desnorteamento de muitos milhões de pessoas.

Vivemos tempos de mudança acentuada, em que crescem: a ignorância, o medo, a insegurança, a e em que mingam: a sabedoria, a compaixão, a liberdade.

O conceito Pessoano de que ignorância é sinonimo de inocência, é inocente em si mesmo, mas desajustado dos tempos actuais.

A real postura de inocência apenas perdura numa Irmandade dinâmica e participativa mas totalmente desinteressada.

Com meios informativos abrangentes e de livre acesso (livres, mas não inocentes), conhecem-se aprimoradamente todas as referências mundanas…..No entanto, todos estes “conhecimentos”, são apenas a ilusão momentânea de anseios subvertidos da essência da nossa missão de vida.

Nesta escola (Terra) de formandos que somos todos nós, muitos Seres passaram de formados, a formatados, advindo daí as graves sequelas que afligem os seus campos holísticos, do físico ao emocional, psíquico e mental.

Neste clima de nevoeiro cerrado, onde se percepciona a ansiada luz (nossa procura fundamental), são muitos os atalhos que se trilham, não por inocência….mas por um enraizado egoísmo…

Busca-se o caminho fácil, as sortes, os milagreiros, paga-se para se ouvir, aquilo que o nosso ego quer ouvir…

Esse mesmo ego que analisa e barra toda informação que chega até nós, quando esta não se coaduna com as directrizes já formatadas no nosso mental inferior. Mas que por vezes, seria essa informação rejeitada que traria as respostas tão procuradas.

Assim, e com a desgastada desculpa de falta de tempo, lê-se pouco, e quando se faz, é em diagonal…

- limita-se o campo expansionista da consciência

- recorta-se a paleta de opções de escolha

- auto - cerceia-se a liberdade

- promove-se a ignorância

Ao restringirmos a absorção de conhecimentos àqueles onde o ego se define e realiza, entramos na mais completa submissão à “formatação” materialista, e fundamentalista, tirania silenciosa que grassa pelo mundo.


No falar, o “diagonal” é moda! Numa dialéctica condensada de factores abstractos de descomprometimento que visa apenas, à integração mundana e profissional.

Esta postura alarga-se ao plano afectivo e emocional, onde o orgulho, o medo, o preconceito se tornam factores de desqualificação de prova antes da partida, iniciamos a prova com o resultado viciado, não pelo que realmente somos ou sentimos, mas pelo que nos queremos fazer ser, ou parecer.

A voz da Alma deixou de se ouvir.

No ouvir, em muitos casos nem linha existe…do outro, só se capta a deixa que permita falar da própria pessoa…de novo, a premência da valorização e da aceitação do ego, tornam-se, barreira de audição.

Perdeu-se a capacidade de ouvir, com o coração….



Em tempos de transmutação vamos recordar que somos emissores e receptores da voz da Consciência Suprema, que como célula indivisa, somos o resultado tão só, e apenas, daquilo que emitimos.

Que a nossa intuição nos liberte das amarras limitadores do ego e do medo, e da dependência alheia.... Que pelo trabalho, possamos conhecer as vias do conhecimento. Por ele, podemos adquirir os meios a usar na Grande Obra, no Auto - Conhecimento que por sua vez nos eleve a uma autêntica Vida Integral.

Que o ouvir e o falar, possam voltar a revestir-se da sacralidade devida, pela veracidade da alma, pelo sentir do coração. Ferramentas de amparo, de partilha, que estejam e sejam, a cada momento, revestidas de AMOR.





A.