“No Universo nada se perde tudo se transforma”
Nesta banalizada
frase, encontramos o mote para abordar os relacionamentos.
Existem
relacionamentos sem amor, e existe amor sem relacionamentos.
Uma das
causas, senão a mais comum, do estado de sofrimento nos seres humanos é a
quebra dos relacionamentos, não a perda do amor.
Os
relacionamentos findam pelas mais diversas razões, o Amor, esse nunca se
perde. Todo Amor alguma vez sentido, é como um valioso espólio que vai
crescendo com cada partilha, com cada entrega.
No término dum
relacionamento, o amor que é Amor, retorna a nós, recolhe de novo ao coração,
e aí, inicia um subtil processo de transmutação.
No cadinho do
tempo, o calor abranda, o brilho esvai-se, e a jóia liquefaz-se de novo na
essência do ouro, agora acrescido, pela experiência vivida.
E o nosso
tesouro aumenta, porque o amor que é Amor, apenas pode ser partilhado, e para
tal, cada Ser tem que descobrir, trabalhar e aceitar o seu ouro, o Amor em
si.
A causa de
muitas desarmonias pessoais e sociais, está no facto de muitos seres não
conseguirem abrir a sua arca do tesouro.
O caminho, é o
auto-conhecimento, a auto-estima, o auto-perdão.
Pelo
aprofundamento destas vias, aprenderemos a distinguir o amor/apego, aquele
cujos compostos são o domínio, o ciúme, a dependência, o conformismo.
“ Um amor estranho que acalente
almas sofridas, encrostadas de conforto, sedentas de sentido”
Esta é a
versão mais comum do amor, aquela que trás toda carga de sofrimentos.
Já o amor que
é Amor, expressa-se sempre pela elevação dos dois Seres. É a bênção suprema,
fio de ouro perene que nasce no nosso interior e com o qual contribuímos para
a obra-prima global, pela expansão da nossa consciência espiritual.
É também, aquele que fica limitado
pelos nomes, pelos conceitos. Amizade, amor, bem-querer, afecto…palavras
pequenas, que não definem o amor, quando este…é Amor.
Abraço fechado
A.
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