terça-feira, 3 de maio de 2011

A Verdade

Nada é tão flexivel como a verdade, quando da mesma, se faz vela da barca das verdades geradas, pelo querer, que seja verdade.

Aí, todos os ventos são a favor dessa verdade, enquanto os detentores da mesma, vão resguardados no bojo do porão, sem bússola ou catavento.

A verdade, por vezes é arma de arrremesso, apenas nas mãos esquecidas do seu valor, porque a verdade tem contornos que a ninguem é dado ver, é pérola preciosa que até a ostra desconhece.

Na defesa pessoal, escudam-se os altaneiros na máscara da verdade, se humilham os verdadeiros.

Como pasta de barro se molda a verdade a bel-prazer, para a vaidade enaltecer.

Que verdade, e de que forma mensurada, serve à mente atormentada de gruta e salvação.

Pela antiga tradição deve a verdade ser usada em auto-de-fé, mas apenas como compaixão.

E quando as verdades o são, tornam-se absolvição, com nada têm comparação, só podem ser percebidas no mais puro coração, e estes são raros, pois só existem...na verdade.



A.