segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Ser como a Árvore

Ali a dois passos, para além da cerca do vizinho, observei a pequena árvore.
Flexibilidade? Não!...Ela dançava com o vento.
Em cada fustigar, ela encontra novo enquadramento para o seu próprio olhar.
Com cada ritmo do ar, balançar, puxar ou abanar, ela flui, singela, serena, segura, numa contradança de beleza sem par.
- De repente veio a chuva, forte, fria, farta. E as folhas pequeninas ganham novo poder.
Em corrente magnética tocam-se em defesa, formando uma invisível rede de protecção.
A chuva cai em cascata. Reflui para além do seio da pequena árvore, pois esta, expressou o seu querer.
- Ah!! E agora veio o Sol, sorriso de menino acabado de acordar, e a arvorezinha pula feliz, claro que, só ao meu olhar.
De novo os bracinhos se movem, as folhas se agitam, mas agora, abrem-se de par em par, soltando alegria no ar.
Recebem os raios dourados, fonte de vida e calor, numa entrega e fusão, plena de amor.
- Neste seu rodopiar, sente-se observada, faz uma vénia na minha direcção, lufada de energia invade o meu coração.
Por ela, sinto a força das raízes na terra, a emoção serena da água, o som das esferas celestes, o fogo do Logos Solar
Pisca-me o olho e dá-me um adeus em tom vocal:
dança comigo….lembra, que Somos Um Todo e estamos sempre em comunhão….
A.