terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O Reino da Caridade






O Reino da Caridade

 

“Nenhum homem que não

controle a própria vida pode

 ser considerado livre”

 

Pitágoras

 

 

Nesta época natalícia que como o nome indica tem como objectivo homenagear a natividade, o nascimento de Yeshua Ben Yosef, um Christos, tentemos cada um de nós assimilar a quota-parte do Cristo em nós.

Vivenciamos uma época onde caridade se tornou meio de vida em dois sentidos! Os que se viciaram a viver da caridade e os que vivem de fazer a pseudo - caridade.

Esta é uma realidade que retarda a evolução espiritual individual e também, o sadio desenvolvimento da consciência social colectiva.

A fomentação da dependência de outrem (em qualquer área) é de foro cármico e deve ser transposta.

As desigualdades e a injustiça social adensam-se ainda mais, pelo incentivo à inércia, resultado que os planos de ajuda social têm demonstrado até hoje.

Existem por esse mundo fora inúmeras organizações dedicadas à caridade. Estes organismos tornaram-se empresas, cujo lucro (finalidade de qualquer empresa) advém de manter a clientela, ou seja “os pobres e necessitados”. Estas instituições, maioritariamente com o estatuto de interesse público e em graus variáveis, consomem meios financeiros elevadíssimos empregues na sua própria estrutura.

Por outro lado, os critérios com que distribuem o que resta, seja em meios materiais ou humanos, estão conspurcados pelos ditames políticos locais, ou interesses pessoais dos mecenas dessas instituições.

Neste conluio estão envolvidos governos, grandes empresas, e alguns canais da comunicação social.

Este, é um dos modernos sistemas de escravatura, o de criar o descrédito de seres humanos do seu próprio potencial, tornando-os dependentes do sistema instituído na sua subsistência básica.

Fomenta-se a inércia onde devia ser fomentada a criatividade.

Estimula-se o desânimo onde devia ser estimulado o interesse.

Uns, vivem da existência da necessidade de outros, da necessidade de implementar  a caridade….

Meus amigos…os vendilhões continuam no Templo e têm muitas vestes.



(Fazemos aqui uma ressalva aos muitos e honrosos exemplos destas organizações que o fazem na sua autêntica acepção, ou seja a da assistencialidade totalmente altruística e sem interesses subjectivos).



A caridade real é:

- a face da partilha individual, autenticamente fraterna

- o respeito pelos meios existentes, sem desperdício de qualquer tipo

- o perceber que não temos qualquer direito além do direito de qualquer outro ser humano

- o destronar do nosso ego a ambição, que conduz á inflação, do lucro fácil, do açambarcamento de empregos, da “esperteza” negocial, da exploração das classes laborais.

Que se instaure em cada coração a essência Crística, na responsabilidade que a cada um de nós cabe, no nosso lugar, neste planeta escola.

Queridos amigos neste final de ano, em que é norma a reflexão, que esta possa ser imbuída pelo altruísmo e a compaixão, lembrar que somos um Todo e que o estado duma partícula desse Todo, afecta o restante, para o bem…ou para o menos bem….

 

 

A.