Queridos Amigos
Talvez pareça a alguns, que
feminilidade (não confundir com
feminismo) é um tema descabido para se partilhar nesta época anual, no
entanto não o é…porque se torna eminente e urgente o emergir da autêntica feminilidade.
Este conceito tão marcado por épocas,
é hoje o mais elevado tesouro que se pode redescobrir, quando entendido e
vivenciado numa legítima dinâmica evolucional.
Ao longo das eras a feminilidade foi
decalcada em moldes diferenciados, mas sempre pelas mãos do mesmo escultor, o “machismo”, poder tomado pela
consciência masculina, numa submissão acomodada da consciência feminina.
Hoje, o escultor fenece pela
supressão do arbitrário poder, e o campus (a consciência planetária)
materializa em si todas as condições onde a feminilidade desabroche em
plenitude.
No entanto meus queridos, a semente
está maculada por vincos profundas do cinzel, que deturpam a sua essência.
Requer-se interiorização,
conhecimento, maturidade, libertação das amarras do ego inferior, que suprimam,
o último reduto desse poder estereotipado, ignorante e mercantilista, que
fomentam as “máscaras”, a que chamam
feminilidade.
O patamar da verídica feminilidade
não é uma quimera inalcançável, mas sim um conjunto de características
inerentes à Alma em transição, que clamam por serem reconhecidas e vivenciadas
no plano da consciência lúcida e comum.
No amor, a feminilidade é a assumpção
das características e das magníficas diferenças complementares entre os
géneros, é o desabrochar da deusa em cada ser, tão só e apenas, pela
implementação da veracidade dos sentimentos.
A feminilidade é coragem, é
fortaleza, é perseverança, é o fluxo e o refluxo das marés que nada pode
abalar.
Na sexualidade, a autêntica feminilidade
induz á fusão alquímica, o “el dorado” dos relacionamentos, tão procurado, e
tão raramente encontrado.
Na família e na sociedade, a
feminilidade é o bastião sagrado, a pedra angular que sustêm a construção
fomentadora da sociedade que almejamos.
Em todas estas vertentes uma
característica é fundamental, sendo a que mais define ou traduz a feminilidade,
que é a entrega plena.
Egoísmo, injustiça, indiferença, não
se conjugam com a autêntica feminilidade
– esta não se adquire, ela é inerente à essência do ser, é a candeia interna,
poderosa, que faz nascer o sol no olhar, a ternura nos gestos, a esperança nos
sorrisos, é a onda invisível, magnética, que eleva e suaviza a Alma no seu
caminho dual.
Abraço fechado a todos Vós
A.
29 de Dezembro de 2011