sábado, 3 de dezembro de 2011

Mirian de Magdala








De seu nome, Maria, a de Magdala

No tudo e no nada procura razões

Do sentido da vida, da vida sem sentido



Olha o horizonte, qual estrada de fogo

Na brisa quente seus cabelos revolteiam

No alto da Torre, se esconde, e se encontra



No lago de prata os homens se afanam

Os peixes oferecem-se de forma gentil

Às mãos calejadas, alfaias sagradas



Do poente, chegam trinos a ouvidos atentos

De voz humana, não reconhece o tom

Aves ou peixes, não emitem este som



Firma seu olhar na poeira dourada

Estica seu corpo, apoia-se no vento

Num grupo de homens, um Sol brilhou



Qual fonte de luz, o olhar d`Ele a encontrou

E em água cristalina nela se derramou

O tempo parou, o céu, se transformou



Tempo e espera, em nada se tornam

Sua voz, divino sopro de ternura

Suas palavras, elixir de compaixão



Seguiu Seus passos, enlaçou Seu coração

Com paixão, reavivou seu Ser

Em entrega sublime se doou.



Pelos caminhos Suas marcas deixaram

Enredo e engano Suas imagens macularam

Nada, adulterou as Suas razões de existir



Séculos passados, Os nomeiam e usam

Mas suas mensagens, poucos as percebem

Para todos, e sempre,  serão Focos de Luz



A meus amados: Yeshua Ben Yoseph, e  Miriam de Magdala



A.