De
seu nome, Maria, a de Magdala
No
tudo e no nada procura razões
Do
sentido da vida, da vida sem sentido
Olha
o horizonte, qual estrada de fogo
Na
brisa quente seus cabelos revolteiam
No
alto da Torre, se esconde, e se encontra
No lago
de prata os homens se afanam
Os
peixes oferecem-se de forma gentil
Às
mãos calejadas, alfaias sagradas
Do
poente, chegam trinos a ouvidos atentos
De
voz humana, não reconhece o tom
Aves
ou peixes, não emitem este som
Firma
seu olhar na poeira dourada
Estica
seu corpo, apoia-se no vento
Num
grupo de homens, um Sol brilhou
Qual
fonte de luz, o olhar d`Ele a encontrou
E em
água cristalina nela se derramou
O
tempo parou, o céu, se transformou
Tempo
e espera, em nada se tornam
Sua
voz, divino sopro de ternura
Suas
palavras, elixir de compaixão
Seguiu
Seus passos, enlaçou Seu coração
Com
paixão, reavivou seu Ser
Em
entrega sublime se doou.
Pelos
caminhos Suas marcas deixaram
Enredo
e engano Suas imagens macularam
Nada,
adulterou as Suas razões de existir
Séculos
passados, Os nomeiam e usam
Mas suas
mensagens, poucos as percebem
Para
todos, e sempre, serão Focos de Luz
A
meus amados: Yeshua Ben Yoseph, e Miriam
de Magdala
A.