quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

A Mentira




Colocando de lado as análises profundas  de renomados estudiosos da psique humana como por exemplo Sigmund Freud, faremos uma sintetizada abordagem a esse estado de ser, e de vida, a que chamamos mentira.

Nunca antes nos detivemos na análise desta postura, dado que ela não se conjuga com o plano evolutivo consciente que procuramos.

A mentira, é antes de mais uma postura auto-punitiva do sub-consciente, que se torna patológica quando a pessoa se torna um mentiroso recorrente, ou seja , que altera  e expressa a realidade, em conformidade com a sua visão pessoal  do que considera mais útil para si próprio, seja essa uma visão real ou fantasiosa. Em suma, e neste quadro de perversão, o narcisismo tem também um papel preponderante.

Ainda que inseridos numa sociedade de consumo altamente materializada e locomovida pela mentira em vários graus e vertentes, isso não deve servir de argumento atenuante à falta de veracidade em qualquer das nossas expressões de vida.

Como geradores, receptores e emissores que todos somos, torna-se fundamental  o reconhecimento  e o débito à verdade.



Não existem mentiras piedosas, mas sim atentados  às capacidades dos demais...

Não existem mentiras para o bem de...mas apenas para o fortalecimento do ego pessoal...

Não existem pequenas mentiras, mas sim pequenos hábitos que se tornam em norma...



A inverdade apenas atesta  o grau de dificuldade que tantas pessoas sentem em enfrentar a realidade, ou aquilo que eles pressupõem ser a realidade analítica dos outros. E aqui deparamos com o cerne da reflexão que devemos ter no caminho do auto-conhecimento...a de  que fomos moldados por uma sociedade cega e limitada acerca do conceito do  bem e do mal.

A confluência de interesses que fizeram, e fazem,  alternar este conceito em épocas e situações diferentes ( conforme as conveniências ) relegando para segundo plano o estudo e a compreensão das diferenças naturais,  aferindo cada ser, pela fasquia concorrencial mais em moda ou proveitosa.

Criou-se assim,  esse medo maior...o da não aceitação! Por essa via, a do medo, geram-se os mais variados estados de desarmonia psíquica, entre os quais, a necessidade da mentira, frágil suporte duma segurança almejada.

A mentira tende a tornar –se num estado de alienação que subverte as razões e motivações da nossa missão de vida. As características que devemos trabalhar e transmutar, são as causas, mas também os efeitos conclusivos de cada encarnação.

Além do medo da rejeição, a mentira assume variadíssimas formas com que se disfarça a si própria, ao ponto de iludir quem a pratica, de forma a se desidentificarem ou legitimarem a situação das quais damos apenas alguns exemplos:



 - Quando na prática comercial o produto não faz jus ao que se apregoa

 - Pela prática da sedução de outros com o fim da satisfação do próprio ego

 - Quando na assumpção de práticas de foro espiritual se visa o beneficio próprio ou grupal.



Sim amigos tudo isso e muitas outras coisas que nos parecem “naturais” fazem parte daquilo a que chamamos mentira. No entanto, outras brisas vão chegando, as da veracidade individual por opção consciente.

A cada dia são aos milhares as consciências que despertam do estado de letargia em que a humanidade se encontra, a desformatação é intensa e abrangente.

Cada um de nós é único e precioso, tenhamos a força e a coragem de reconhecer em nós a imagem do Criador! 

Esse reconhecimento será a alavanca que vai elevar os padrões comportamentais da humanidade, pelo respeito, pela veracidade, a tudo...em todos...



Abraço fechado



A.