segunda-feira, 8 de outubro de 2012

O Ego


 

 

O Ego….O que é?

 

 

Hoje em dia fala-se de Ego correntemente tal como se fala de auras, de chacras, de carma, no entanto quase sempre se fala destes conceitos e factores com total desconhecimento de causa.

No caso do Ego tem ainda a agravante de que se tornou num vago conceito que parece desculpar e justificar tudo como se fosse algo irremediável como ser-se alto ou baixo…

Vamos então esmiuçar o que é isto de Ego, e de que forma podemos lidar com ele.

O Ego… somos nós… a componente mais pequenina, mais frágil daquilo que somos em termos cósmicos.

Gere a nossa personalidade, e esta, forma-se essencialmente pelo exemplo do colectivo onde estamos inseridos.

Desenvolve-se em paralelo com tudo o que nos assusta e alimenta-se das baixas emoções que consumimos.

 

É a capa com que nos disfarçamos

A roda da saia onde nos escudamos

O lençol com que tapamos a cabeça

 

Mas o ego, ou seja a nossa identidade, aquela que tomamos como real, é também criador!... é a vontade de….que nos impele a criar o que se quer…seja lá o que for…

O ego não pode ser combatido, mas pode, e deve, ser transcendido!...

Em paralelo com a integração e assimilação do conhecimento, que é a via de reencontro com o Espírito, o ego narcisístico dissolve-se, dando lugar à vontade, não do eu, mas sim do:

 

EU = Eu Superior – Self – Cristo Interno

 

Podemos então olhar o ego sob duas vertentes:

a)- o pequeno eu, confuso, que luta com os seus medos e limitações ao qual devemos reconhecer, e que esse reconhecimento se imbua de aprendizado constante

b)- o perceber que “ego” encobre umas tantas facetas as quais deixamos de nomear mais uma vez por medo de nos reconhecermos nelas, mas a veracidade exige que chamemos as coisas pelo nome:

 

– inveja – cobiça – arrogância – vaidade – insegurança – ciúme – orgulho – ambição – raiva – falsidade – medo,  e tantas outras emoções negativas que disfarçamos sob o manto dúbio do conceito “ego”

 

As condições mais apelativas da exacerbação do ego, estão contidas na necessidade de convencer, de ter razão, da discussão impositiva, que adquire  contornos de domínio e vampirização do outro, estas são as emoções básicas que alimentam os egos infantilizados. Todo ego exacerbado é a “constante” das almas jovens, imaturas.

O que em psicanálise se chama o id ou seja o pequeno eu, é a ideia do que somos, a realidade que moldamos, a forma como nos vemos, seja num reflexo inferiorizado ou sobrevalorizado.

Num adulto, este é composto, essencialmente, pela memória colectiva da humanidade, e pelas marcas das experiências da vida, deixando muito pouco espaço para o Eu Consciente, para a sábia Consciência lúcida, madura, compassiva, guardiã dos nossos pensamentos.

 

Como transcender?

 

A memória colectiva é a matéria-prima com que se nutre o nosso pequeno eu. Esta, é como se fosse o disco rígido já instalado num computador. Além dessa matéria, acrescentamos-lhe todos os nossos pensamentos soltos, desregrados, que captam toda a contaminação pensénica do ambiente planetário, recriando essa pseudo-realidade moldada nas impressões mais profundas do nosso Id; esse Id que é a razão da nossa existência, foi isso que viemos fortalecer, elevar a outro grau de vibração, em suma, transcender.

O desconhecimento é a alcova onde se geram todas as nossas dores, sofrimentos, dependências, frustrações, doenças, tristezas, mágoas…em suma, a infelicidade.

A qualidade dos nossos pensamentos são a causa e o efeito do nosso grau de desenvolvimento consciencial, do bom e do menos bom.  A distração contínua do dia-a-dia é o que impede a consciência de crescer, de se expandir, de amadurecer. Apela-se à interiorização, à concentração no positivo, no elevado, na saúde, na alegria, na aceitação pela compreensão.

 

Remédio santo para o equilíbrio do Ego ( e não só )

 

Conhecimento… mas que este alcance a suprema metamorfose, o processo alquímico de se tornar Sabedoria pela integração e assimilação do mesmo, nesta eternidade (eterna_idade) a que chamamos vida.

 

A.

 

8 de Outubro de 2012