O Ego….O que é?
Hoje em dia fala-se de
Ego correntemente tal como se fala de auras, de chacras, de carma, no entanto
quase sempre se fala destes conceitos e factores com total desconhecimento de
causa.
No caso do Ego tem
ainda a agravante de que se tornou num vago conceito que parece desculpar e
justificar tudo como se fosse algo irremediável como ser-se alto ou baixo…
Vamos então esmiuçar o
que é isto de Ego, e de que forma podemos lidar com ele.
O Ego… somos nós… a
componente mais pequenina, mais frágil daquilo que somos em termos cósmicos.
Gere a nossa
personalidade, e esta, forma-se essencialmente pelo exemplo do colectivo onde
estamos inseridos.
Desenvolve-se em
paralelo com tudo o que nos assusta e alimenta-se das baixas emoções que consumimos.
É
a capa com que nos disfarçamos
A
roda da saia onde nos escudamos
O
lençol com que tapamos a cabeça
Mas o ego, ou seja a
nossa identidade, aquela que tomamos como real, é também criador!... é a
vontade de….que nos impele a criar o que se quer…seja lá o que for…
O ego não pode ser
combatido, mas pode, e deve, ser transcendido!...
Em paralelo com a
integração e assimilação do conhecimento, que é a via de reencontro com o
Espírito, o ego narcisístico dissolve-se, dando lugar à vontade, não do eu, mas
sim do:
EU = Eu Superior –
Self – Cristo Interno
Podemos então olhar o
ego sob duas vertentes:
a)- o pequeno eu,
confuso, que luta com os seus medos e limitações ao qual devemos reconhecer, e
que esse reconhecimento se imbua de aprendizado constante
b)- o perceber que
“ego” encobre umas tantas facetas as quais deixamos de nomear mais uma vez por
medo de nos reconhecermos nelas, mas a veracidade exige que chamemos as coisas
pelo nome:
– inveja – cobiça – arrogância – vaidade –
insegurança – ciúme – orgulho – ambição – raiva – falsidade – medo,
e tantas outras emoções negativas que
disfarçamos sob o manto dúbio do conceito “ego”
As condições mais
apelativas da exacerbação do ego, estão contidas na necessidade de convencer, de
ter razão, da discussão impositiva, que adquire contornos de domínio e vampirização do outro,
estas são as emoções básicas que alimentam os egos infantilizados. Todo ego exacerbado
é a “constante” das almas jovens, imaturas.
O que em psicanálise
se chama o id ou seja o pequeno eu, é a ideia do que somos, a realidade que
moldamos, a forma como nos vemos, seja num reflexo inferiorizado ou
sobrevalorizado.
Num adulto, este é
composto, essencialmente, pela memória colectiva da humanidade, e pelas marcas
das experiências da vida, deixando muito pouco espaço para o Eu Consciente, para a sábia Consciência lúcida, madura,
compassiva, guardiã dos nossos pensamentos.
Como transcender?
A memória colectiva é
a matéria-prima com que se nutre o nosso pequeno eu. Esta, é como se fosse o
disco rígido já instalado num computador. Além dessa matéria, acrescentamos-lhe
todos os nossos pensamentos soltos, desregrados, que captam toda a contaminação
pensénica do ambiente planetário, recriando essa pseudo-realidade moldada nas
impressões mais profundas do nosso Id; esse Id que é a razão da nossa
existência, foi isso que viemos fortalecer, elevar a outro grau de vibração, em
suma, transcender.
O desconhecimento é a
alcova onde se geram todas as nossas dores, sofrimentos, dependências, frustrações,
doenças, tristezas, mágoas…em suma, a infelicidade.
A qualidade dos nossos
pensamentos são a causa e o efeito do nosso grau de desenvolvimento
consciencial, do bom e do menos bom. A
distração contínua do dia-a-dia é o que impede a consciência de crescer, de se
expandir, de amadurecer. Apela-se à interiorização, à concentração no positivo,
no elevado, na saúde, na alegria, na aceitação pela compreensão.
Remédio santo para o
equilíbrio do Ego ( e não só )
Conhecimento… mas que
este alcance a suprema metamorfose, o processo alquímico de se tornar Sabedoria
pela integração e assimilação do mesmo, nesta eternidade (eterna_idade) a que chamamos
vida.
A.
8 de Outubro de 2012