segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Até sempre

Os ciclos são cordas que nos reforçam, e as paragens, a reflexão dos ciclos. Expressamos a nossa imensa gratidão a todos os que acompanharam este ciclo de Magdal-Eder. Gratidão profunda aos bem-amados:
Mirian de Magdala e Yeshua Ben Yosef.

Ser como a Árvore

Ali a dois passos, para além da cerca do vizinho, observei a pequena árvore.
Flexibilidade? Não!...Ela dançava com o vento.
Em cada fustigar, ela encontra novo enquadramento para o seu próprio olhar.
Com cada ritmo do ar, balançar, puxar ou abanar, ela flui, singela, serena, segura, numa contradança de beleza sem par.
- De repente veio a chuva, forte, fria, farta. E as folhas pequeninas ganham novo poder.
Em corrente magnética tocam-se em defesa, formando uma invisível rede de protecção.
A chuva cai em cascata. Reflui para além do seio da pequena árvore, pois esta, expressou o seu querer.
- Ah!! E agora veio o Sol, sorriso de menino acabado de acordar, e a arvorezinha pula feliz, claro que, só ao meu olhar.
De novo os bracinhos se movem, as folhas se agitam, mas agora, abrem-se de par em par, soltando alegria no ar.
Recebem os raios dourados, fonte de vida e calor, numa entrega e fusão, plena de amor.
- Neste seu rodopiar, sente-se observada, faz uma vénia na minha direcção, lufada de energia invade o meu coração.
Por ela, sinto a força das raízes na terra, a emoção serena da água, o som das esferas celestes, o fogo do Logos Solar
Pisca-me o olho e dá-me um adeus em tom vocal:
dança comigo….lembra, que Somos Um Todo e estamos sempre em comunhão….
A.

sábado, 19 de novembro de 2011

Tu és a Ponte


“Não podes percorrer a Senda, enquanto

não te tornares a própria Senda”

A Voz do Silêncio

Helena P. Blavatsky



No zénite da peregrinação sondas a falésia e és confrontado com o grande rio.
Deste,  evola a neblina impressa com os contornos dos caminhos já percorridos
Em cálculo aferido pelo já vivido, buscas a outra margem que nunca existiu
O sol e as estrelas já não servem de guia num firmamento que se transladou
Pressentes a melodia, música das esferas, códigos estelares, que em ti ressoa
E a ponte surge a cada passo que dás, Senda segura, feita da tua própria luz
O cosmos infinito, céu estelar, encontrou no teu coração, o seu novo Lar


A.












Só o Tempo

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Os Heróis destes tempos


Salvé a todos os heróis doutros tempos. Que entre batalhas e pelejas se bateram pela justiça percebida em seus conceitos. A nobreza nunca esteve nos resultados, mas na intenção do que percepcionavam como o "bem".
Mas...
Os heróis do agora, não são coroados de louro ou sequer ovacionados pelas multidões, os heróis do agora, são os lótus que desabrocham do lodo, crescem no silêncio das suas opções, fazem cedências, ou renúncias, vizando o bem maior da sua missão, são, os cavaleiros do arco-íris...
São os que se comprometem com o caminho sem meta, de coração aberto, em confiança plena na jornada que deve ser feita, sabendo-se guardiões, tão só, da sua jóia maior, o seu percurso na, e pela luz, redentora de seus sempre presentes passados...
Os heróis do agora, são os que fazem crescer o tempo, o melhor tempo, para a família escolhida, prova suprema, arena de justas eternas, onde apenas o amor pode sair vencedor, e dentro desse tempo, recolhem o néctar com que adoçam a todo ser, e o tempo sempre a crescer...
Mas outros existem...
São os que a cada dia meneiam a foice que desbasta a sua própria desbastação, quantas vezes renascidos da auto-destruição, chaves-mestras, da arca da aliança que sempre existiu, entre o eu, e o EU, filhos amados, alvissaras do céu...
- O que escolheu ser dor que cura
- O que é exemplo do que se não quer
- O que as regras não percebeu, e desistiu
Que nunca a nossa postura seja de condescendência para com um herói, pois são eles as hélices que movem, e elevam, o plano evolutivo da humanidade.
Salvé a todos os heróis destes tempos
A.
17 de Novembro de 2011

A Jornada do Herói

O Poder do Mito

http://www.culturabrasil.org/campbell.htm

Parusia


Parusia



Algures, entre trópicos - meridianos - rotações, entre o amanhecer num hemisfério e o anoitecer noutro, ela acontece, Parusia (presença) da Energia Crística  que é comum a toda a humanidade, basta aceitar, basta querer, basta amar.


A.

17 de Novembro - 04.30h

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O Sol compareceu hoje


O Sol compareceu hoje

Adiantado, no sono rarefeito

Cavalga as sombras da ilusão

Num ribombar sem som

Que aos deuses impressiona

Cristal de hieróglifos decifrados

Repleto, de mistérios renovados

Na mão, o ceptro da paz

Tem a forma de coração

Que é o símbolo dos heróis



A.

16 de Novembro de 2011




Momentos





Os poetas não medem o tempo, eternizam-no

Eles sabem que ausência, é o degrau antes da chegada

E que o não ter, é a posse suprema do Campus Universal

Se aspiras o aroma da flor inebrias-te, se  a cortas, matas o seu poder

Se derramas amor na fala, no olhar, semeias estrelas nas planícies geladas

E o Cosmos ilumina-se com os momentos presentes, dessas estrelas emergentes



A.



15 de Novembro 2011






terça-feira, 15 de novembro de 2011

O Melhor Momento é o Presente


Um conto de Tolstoi contado pelo mestre Zen Thich Nhat Hanh

A um imperador certa vez ocorreu-lhe que nada jamais o afastaria do caminho justo, se soubesse responder apenas às seguintes perguntas:

Qual é o melhor momento para qualquer coisa?
Quais são as pessoas mais importantes em qualquer trabalho?
Qual é a coisa mais importante a fazer em qualquer momento?

O imperador promulgou um decreto para todo o seu império a anunciar que quem soubesse responder às três perguntas receberia uma grande recompensa. Depois de terem lido este decreto, muitos se dirigiram ao palácio com as suas diferentes respostas.

Respondendo à primeira pergunta, alguém sugeriu ao imperador que estabelecesse uma ocupação total do tempo, com as horas, dias, meses, anos e as tarefas a realizar. Se seguisse isso à letra, o imperador poderia então vir a fazer cada coisa em seu devido tempo. Uma outra pessoa retorquiu que era impossível prever tudo, que o imperador devia pôr de parte todas as distracções inúteis e que se devia manter atento a todas as coisas de maneira a saber quando e como agir. Uma outra insistiu em que o imperador não podia sozinho possuir a clarividência e a competência necessárias para decidir quando fazer algo. Parecia-lhe que o mais importante era nomear um Conselho de Sábios e de agir de acordo com as suas recomendações. Uma outra pessoa disse que certas questões necessitavam de um decisão imediata e não podiam esperar por uma consulta. Contudo, se o soberano desejasse conhecer com antecedência o que ia acontecer, ser-lhe-ia possível interrogar os adivinhos e os magos.

As respostas à segunda pergunta divergiram também muito entre si. Alguém disse que o imperador devia colocar toda a sua confiança nos seus ministros, um outro recomendou que fosse nos padres e nos monges, outros, ainda, nos médicos e mesmo nos militares.

À terceira pergunta foram dadas respostas igualmente variadas. Alguns afirmaram que a procura mais importante era a ciência, outros insistiram que era a religião e outros ainda que era a arte militar. O imperador não ficou satisfeito com nenhuma das repostas e não atribuiu a ninguém a recompensa.

Depois de várias noites de reflexão, o soberano decidiu visitar um eremita que vivia na montanha e que era tido por um ser iluminado. O imperador desejava encontrar o santo homem para lhe colocar as três perguntas, sabendo muito bem que o eremita nunca deixava as montanhas e que era conhecido por não receber senão pessoas pobres e por recusar qualquer contacto com ricos e poderosos. Por esta razão, o soberano disfarçou-se de camponês pobre, e ordenou à sua escolta que esperasse por ele aos pés da montanha enquanto procurava sozinho o eremita.

Ao chegar à morada do homem santo, o imperador avistou-o a cavar o jardim diante da sua cabana. Ao ver o estrangeiro, o eremita saudou-o com a cabeça e continuou a cavar. Era um trabalho aparentemente muito penoso para um velho como ele; ofegava ruidosamente de cada vez que enterrava a enxada no solo para revolver a terra. O imperador aproximou-se dele e disse: "Vim pedir a vossa ajuda. São estas as minhas perguntas:

Qual é o melhor momento para qualquer coisa?
Quais são as pessoas mais importantes em qualquer trabalho?
Qual é a coisa mais importante a fazer em qualquer momento?"

O eremita escutou-o atentamente e, depois de dar uma pequena palmada no ombro do imperador, retomou o trabalho. O monarca disse então:
"Deveis estar cansado. Deixai-me ajudar-vos".
O velho homem agradeceu-lhe, entregou-lhe a enxada e sentou-se no chão para descansar. Depois de ter cavado duas leiras, o imperador parou, voltou-se para o eremita e repetiu-lhe as suas três perguntas. De novo, o velho homem não lhe respondeu, mas levantou-se e, mostrando a enxada, disse-lhe: "Porque não descansais um pouco? Eu continuo". Mas o imperador continuou a cavar a terra. Passaram mais umas horas. Por fim, o sol pôs-se atrás da montanha. O soberano pousou a enxada e disse ao eremita: "Escutai-me, eu vim até aqui para vos perguntar se sabeis responder às minhas três perguntas. Mas se não souberdes, dizei-mo para eu regressar a casa".

O eremita levantou a cabeça e perguntou ao imperador: "Ouvis alguém a correr na nossa direcção?" O imperador voltou a cabeça e ambos viram surgir do bosque um homem com uma longa barba branca. Corria tropegamente, com as mãos a pressionar uma ferida no ventre, que sangrava. O homem correu em direcção ao soberano até cair sem sentidos no chão. Gemia e, ao abrir a sua camisa, o imperador e o eremita viram que ele tinha uma ferida profunda. O monarca limpou-a totalmente, e a seguir fez-lhe um penso com a sua própria camisa. Visto que o sangue corria abundantemente, teve de enxaguar e enfaixar várias vezes a sua camisa até conseguir estancar o sangue da ferida.

Finalmente, o homem ferido retomou a consciência e pediu água. O imperador correu até ao ribeiro e trouxe consigo uma bilha de água fresca. Ao longo de todo este tempo, o sol pusera-se e instalara-se o frio da noite. O eremita ajudou o imperador a levar o homem para a cabana onde o deitaram sobre a cama. Aí, fechou os olhos e adormeceu sossegadamente. O soberano estava esgotado pela longa jornada que fizera, de caminhar na montanha e de cavar o jardim. Apoiando-se à porta, adormeceu. Por um momento, esqueceu-se onde estava e o que ali tinha vindo fazer. Quando acordou, olhou para a cama e viu o homem ferido, que também se perguntava o que fazia ali naquela cabana. Quando este viu o imperador, olhou-o atentamente nos olhos e disse num murmúrio dificilmente perceptível: "Por favor, perdoai-me".
"Mas o que fizestes para merecerdes ser perdoado?" perguntou o soberano.
"Vossa Majestade não me conhece, mas eu conheço-vos. Eu fui vosso inimigo e fiz o voto de me vingar por terdes morto o meu irmão na última guerra e por vos terdes apoderado de todos os meus bens. Quando soube que vínheis sozinho a esta montanha para vos encontrardes com o eremita, decidi montar-vos uma cilada e matar-vos. Esperei durante muito tempo, mas vendo que não vínheis, deixei o meu esconderijo para vos procurar. Foi assim que acabei por dar com os soldados da vossa guarda que, ao reconhecerem-me, infligiram-me esta ferida. Felizmente, consegui fugir e correr até aqui. Se não vos tivesse encontrado, teria com certeza morrido naquela hora. Eu tinha a intenção de vos matar e vós salvastes-me a vida! Sinto uma enorme vergonha, mas também um reconhecimento infinito. Se viver, faço o voto de vos servir até ao meu derradeiro sopro e ordenarei aos meus filhos e aos meus netos que sigam o meu exemplo. Suplico-vos, Majestade, concedei-me o vosso perdão!"

O imperador encheu-se de alegria ao ver com que facilidade se havia reconciliado com um antigo inimigo. Não apenas o perdoou, mas prometeu também restituir-lhe todos os seus bens e enviar o seu próprio médico e os seus servidores para se ocuparem dele até se curar completamente. Após ter dado ordem à sua escolta de reconduzir o homem a sua casa, o imperador regressou para se encontrar com o eremita. Antes de regressar ao seu palácio, o soberano desejava, por uma última vez, fazer as três perguntas ao velho homem. Encontrou o eremita a semear os grãos nas leiras cavadas na véspera. O velho homem levantou-se e olhou-o. "Mas já tendes a resposta a essas perguntas".
"Como assim?", disse o imperador intrigado.
"Ontem, se não tivésseis tido piedade da minha velhice e não me tivésseis ajudado a cavar a terra, teríeis sido atacado por este homem quando regressásseis. Teríeis então lamentado profundamente não terdes ficado comigo. Por consequência, o momento mais importante foi o tempo passado a cavar o jardim, a pessoa mais importante fui eu e a coisa mais importante foi ajudares-me. Mais tarde, depois da chegada do homem ferido, o momento mais importante foi aquele que passastes a tratar da ferida, porque se o não tivésseis feito, ele teria morrido e vós teríeis desperdiçado a ocasião de vos reconciliar com um inimigo. Do mesmo modo, ele foi a pessoa mais importante, e cuidar da ferida foi a tarefa mais importante. Lembrai-vos que não existe senão um único momento importante, que é agora.

Este instante presente é o único momento sobre o qual podemos exercer o nosso magistério.

A pessoa mais importante é sempre a pessoa com a qual se está, aquela que está diante de vós, porque quem sabe se vireis a estar ocupado com alguma outra no futuro?

A tarefa mais importante é fazer feliz quem vos ama e a quem estiver ao vosso lado, porque a procura da vida é apenas isso."




Tempo das Águas


Grata, à Estrela que me acena em cada madrugada pela voz do coração...de seu nome, Inspiração.








Frágil




 Quão frágil se torna a alma

Pelas danças da vaidade

Cegueira d`olhos que lêm

Em páginas sublinhadas



Quão forte o arremesso

Da ira e do tormento

No desprezo mascarado

De postura  inteligente



Quão distante a argila

Do artista a modelar

Misturada na terra

Calcada ao andar






 


segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O Cesto da Gávea





Na terra que se agita em frémitos de dor

Espasmos de parto que antecedem  o nascer

São tantos a mergulhar no mar da descoberta

E  muitos os que se perdem nas redes do desamor

Homem do mar,  penetra a tempestade com o teu olhar

Não receies a oscilação, ali, estará sempre a minha mão

Da Gávea, faz teu centro e observação, inspira o meu sopro

Que te guia e alenta na busca do céu que no horizonte desponta








domingo, 13 de novembro de 2011

Eu acredito...

12 /11 / 2011





O dia amanheceu cálido, contente, pródigo

Na presença de filhos nunca esquecidos

Vestiu-se a rigor, de glória e júbilo

E Eu estava em tudo...

Nos ramos saltitantes que saudavam

No vento quente com que vos acariciava

Na sinfonia de palavras que o céu regia

E Eu estava em tudo...

Nos murmúrios sussurrados

Nos momentos eternizados

Na minha essência perfumados

E Eu estava em tudo

No verde raiado do olhar abençoado

No  Ósculo sagrado, em mim gerado

 Toque dos justos, do meu reino recriado



Levei-vos a Paz...Deixei-vos a Minha Paz...

 



12 de Novembro de 2011

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Mãe Divina...Sê em cada coração...

Ler – Falar – Escutar – em diagonal……




 

Advirto-te, sejas quem fores…
Tu, que desejas sondar os arcanos da Natureza.
Se não encontras dentro de ti aquilo que procuras…
....tampouco o poderás encontrar fora.
Se ignoras as excelências da tua própria casa,
como poderás encontrar outras excelências?
Em ti se encontra oculto o tesouro dos tesouros!
Homem! Conhece-te a ti mesmo
e conhecerás o Universo e os Deuses.

Tales de Mileto (640 - 550 a .C.) Filosofo –

Matemático – Fundador da Escola Jónica

 

O título desta entrega, representativo da postura de muitos seres tem como resultado, o tracejado da vida, e o desnorteamento de muitos milhões de pessoas.

Vivemos tempos de mudança acentuada, em que crescem: o medo, a insegurança, e em que mingam: a paz interior, a compaixão, e principalmente, a liberdade. Nunca, em época alguma, existiu tão acentuada escravidão, primorosamente camuflada, abrangente a todas as classes sociais e a milhões de pessoas, da qual o ciclo anual que se aproxima é escancarado exemplo.

O conceito Pessoano de que ignorância é sinonimo de inocência, é inocente em si mesmo, mas desajustado dos tempos actuais.

A real postura de inocência apenas perdura numa Irmandade dinâmica e participativa mas totalmente altruísta, nossa meta a alcançar.

Com meios informativos invasivos e de livre acesso (livres, mas não inocentes), conhecem-se aprimoradamente os enredos das telenovelas, a vida privada dos craques de futebol e das estrelas de cinema, as receitas para se tornar belo e sedutor, as fórmulas para enriquecer…..No entanto, todos estes “conhecimentos”, são apenas a ilusão momentânea de anseios subvertidos da essência da nossa missão de vida.

Nesta escola (Terra) de alunos que somos todos nós, muitos Seres passaram de formandos, a formatados, advindo daí as graves sequelas que afligem os seus campos holísticos, desde o físico ao emocional, o psíquico e o mental.

Neste clima de nevoeiro cerrado, onde se percepciona a ansiada luz (nossa procura fundamental), são muitos os atalhos que se trilham, não por inocência….mas por profundo egoísmo….

Busca-se o caminho fácil, os óraculos, as sortes, os milagreiros, paga-se para se ouvir, aquilo que o ego quer ouvir…

Esse mesmo ego que analisa e barra toda informação que chega até nós quando esta não se coaduna com as directrizes já formatadas no nosso corpo emocional. Mas que por vezes, seria essa informação rejeitada que traria as respostas tão procuradas.

Assim, e com a desgastada desculpa de falta de tempo, lê-se pouco, e quando se faz, é em diagonal…

- limita-se o campo expansionista da consciência

- recorta-se a paleta de opções de escolha

- auto - cerceia-se a  liberdade

- promove-se a ignorância  

Ao restringirmos a absorção de conhecimentos àqueles onde o ego se define e realiza, entramos na mais completa submissão à “formatação” materialista, tirania silenciosa que grassa pelo mundo.

Demos voz, à Voz da Alma...

No falar, o “diagonal” é moda! Numa dialéctica condensada de factores abstractos de descomprometimento que visa apenas, a integração mundana e profissional.
Esta postura alarga-se ao plano afectivo e emocional, onde o orgulho, o medo, o preconceito, se tornam factores de desqualificação de prova antes da partida, iniciamos a prova com o resultado viciado, não pelo que realmente somos ou sentimos, mas pelo que nos queremos fazer ser, ou parecer.

Rencontremos a capacidade de ouvir, com o coração….

No ouvir, a na maioria  dos casos esta postura repete-se…do outro, só se capta a deixa que permita falar da própria pessoa…de novo, a premência da valorização e da aceitação do ego, tornam-se barreira de audição.
Aprofundar a capacidade de ouvir torna-se uma benção para todos os intervenientes dado que todos somos mediadores entre o Céu e a Terra, e mensageiros uns para os outros. Qualificar o ouvir ( sem julgamento ou reacção egocentrica) é um dos mais sensíveis  ramais da compaixão.

Queridos Amigos somos emissores e receptores da voz da Consciência Suprema, como célula indivisa, somos a cada momento, o resultado tão só, e apenas, daquilo que emitimos.

Que a nossa intuição nos liberte das amarras limitadores do ego, do medo, e da dependência alheia.... Que pelo trabalho, o estudo, a interiorização, a meditação, possamos reencontrar as vias do conhecimento, e este pauta-se por um hino com dois mil anos “ ama a cada um dos teus irmãos como te amas a ti mesmo”....e que o amar se torne obra....

Podemos assim, adquirir os meios a usar noutra “Grande Obra” alquímica, que é a actual encarnação, que por sua vez nos eleve a uma autêntica vida integrada entre a matéria (impermanente ) e o espírito (perene)

Que o ouvir e o falar, possam voltar a revestir-se da sacralidade  devida, pela veracidade da alma, pelo sentir do coração. Ferramentas de amparo, de partilha, que estejam e sejam, a cada momento, revestidas de Veracidade e Amor.

 Abraço fechado,

A.

 

 


segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O Ofício da Vida



 
"É melhor acender uma vela do que amaldiçoar a escuridão."

Provérbio Chinês



O ofício da vida, não é o mesmo que viver, e o viver de hoje, pauta-se por um enunciado que deve estar sempre presente, é que vivemos tempos nunca antes registados nos anais dos arquivos históricos comuns.

No termo de um ciclo cósmico de 26.000 anos ( Precessão), toda a radiância universal da qual fazemos parte, deve ser sempre analisada, compreendida e aceite sob esta premissa.

Este ciclo ( salto quântico ), se por um lado coloca a descoberto toda a frágil estrutura sustentadora da civilização atual, por outro, entrega-nos numa “bandeja dourada” os meios de acoplamento à maestria adormecida e à faculdade do seu usufruto.

Pode comparar-se a um processo de renascimento contínuo pela libertação dos conceitos impressos na memória ancestral das nossas múltiplas vidas, e à emersão de saberes e iluminação acumulados nessas vivências pretéritas e paralelas...vivemos tempos de acertos e redenção.

Queridos Amigos, as mensagens exteriores vão rareando, para que cada Ser crie em si, o espaço onde possa escutar a sua própria voz, para tal, basta apenas sintonizar o canal fidedigno que liga cada um de nós ao Imanifestado do qual, somos a expressão manifesta.

O ofício da vida, em essência, é a revelação da simplicidade, nossa busca inconsciente pelo caminho de retorno ao âmago da Unidade. É a capacidade construtiva de transcender as alcabalas da ilusão material, elas também, causa e efeito, da experiência programada.

A vida no seu melhor ofício é a energia expressa em cada luzeiro cósmico, a Chama Trina que todos albergamos no coração – quando desperta, quando consciente, quando presente.



Abraço fechado



A.






A Todos os Anjos do Meu Firmamento




 

A

Cooperação Versus Competição – Parte II



“Humanamente, não existe um ser feliz, sem que o outro também o seja”

René Descartes

 

Neste profundo, e simples pensamento, encontramos a veracidade do altruísmo, que Descartes tão bem defende.


 - Cooperação, contrariamente à competição, é a mais honrosa fasquia pela qual se pode avaliar o grau evolutivo da consciência humana.


 - Competição, é o resultado da maturação de todas as baixas emoções como sejam o ciúme, a arrogância, o orgulho, a inveja.


Na sua forma mais básica, é apenas a satisfação do ego, outra forma de alienação, em que o fim, nunca justifica os meios.


Sempre que exista o impulso competitivo, façamos uma visita ao nosso “porão”, aí encontraremos, naquelas, ou noutras baixas emoções, a mola que o impulsionou.


Queridos Amigos, como já foi dito noutras entregas, a guerra perdurará enquanto não houver paz em cada um dos nossos corações, e a competição deixará de existir quando cada Ser, se amar a si próprio, na íntegra, pois só aí,  “amará o outro como a si mesmo”.


Os Tempos de Mudança correm ligeiros. Terramotos, Furacões, Pandemias, Quebra Financeira.


Muito mais que a expressão física destes acontecimentos em quase todo o globo, é a sua expressão simbólica dentro do nosso Ser, na vivência de cada dia.


São fórmulas de mudança, sinos de alvorada, toque de despertar, para os quais, não há isenções.


A era da desresponsabilização acabou! Governos, Políticos, Igrejas, Gurus, Patronatos, Sindicatos…nada nem ninguém pode assumir a responsabilidade que cabe a cada um individualmente.


Apenas uma postura vai permitir à humanidade ultrapassar estas duras provas, e essa é, o factor cooperativo, autentico, real, fraterno.


O conceito de “caridade” tem que ser elevado ao nível do coração D`Aquele que tanto a apregoou, e Ele, falava apenas de Fraternidade….


Num sistema social onde impere a igualdade, moldada na cooperação e no amor, a caridade…zinha já não faz sentido, pois esta, é o sinal do fosso.


Tantas ideias podem ser postas em prática, na família, no bairro, na cidade, onde cada um esteja inserido.


Que estas, promovam a união e o respeito pelos demais seres que connosco convivem, pelo planeta, e pelos meios existentes.


Porque isto, meus amigos:


- é trabalho consciencial


- é vivencia espiritual


- é ascensão



  A.