terça-feira, 31 de julho de 2018

Nascer a cada dia



Com um anjo aprendi que podemos nascer, a cada novo dia
Que a velha frase se eu soubesse o que sei hoje, tem serventia
Em "circa diem" o mesmo cenário renovar, e outra obra realizar
Naus transformadas,  viajantes sem milhas em mares circulares
Abraçar o tornado como a um cavalo alado e  deixar-se levar
Sentir o sabor do mar, aprendizado, seja  doce, ou salgado
E as tempestades, berços de junco em mão amorosa embalados
Em cada homem decalcar o amor, apenas com a tinta do olhar
Aos rostos mil vezes encontrados dizer, muito gosto em conhecer
Toques harmoniosos dos sinos celestes nas horas das trindades
Ao findar cada dia, a nau enfeita o cais com os seus tesouros
No raiar da aurora, zarpa segura a circun-navegar um novo dia

A.

segunda-feira, 30 de julho de 2018

“Nunca houve a presença do coração completo”



“Nunca houve a presença do coração completo”


Li algures esta frase em que o autor se auto interpreta como alguém que nunca entregou o coração em nenhuma vertente da vida.
Interessante premissa de reflexão sobre a dualidade comportamental.
Sendo a mente falível por doença, por imaturidade, por vícios entranhados, por frustração, entre outros, cria uma amálgama onde se inserem opiniões desarticuladas que abalroam as mais fundamentais normas éticas e humanísticas.
A presença do coração completo, é o ponto de equilíbrio que evita as quedas, que cura a mente, que promove a fase alquímica que transforma conhecimento em sabedoria.
A presença do coração completo, é a via de construção do Ser em todo o seu esplendor na busca da sua herança Divina

A.


O Perdão



“O perdão é um acto unilateral de amor»
José Tolentino de Mendonça


Quando perdoamos, é um sentir de nós para nós que nada tem a ver com outros.
A imensa carga de desarmonia que grassa no mundo devido às condições previstas para as grandes mudanças e paradigmas de consciência, aliada às já existentes em tantos seres, tornam os relacionamentos de qualquer tipo num campo fértil de factos e ocasiões onde o exercício do perdão se torna imperativo.
Mas também sabemos que são inúmeras as ópticas pelas quais os envolvidos em situações desarmónicas com os seus variados níveis de gravidade e intensidade, se esquivam da responsabilidade, humildade, consciência dos seus actos, o que retira, obviamente, seriedade e autenticidade à intenção do “perdão”
Assim o conceito que denominamos de perdão, deve, antes de mais, tornar-se “num acto unilateral de amor”.
Devemos perceber que perdoarmo-nos é a regra de ouro para a cura de qualquer ferimento, o outro, ou outros, têm as suas próprias contas e ajustes consigo mesmos e com o Universo.
Tenhamos sempre presente, que perdoar, não impõe aceitação, conotação, ou qualquer outra forma de desrespeito aos nossos sentires ou convicções, apenas e tão só nos impulsiona para o degrau seguinte onde a visão se reajusta, as escolhas se tornam mais lúcidas, pela junção da integralidade do nosso Ser, e assim, possamos percorrer o Caminho, agora mais iluminado pelas vias do amor que a nós próprios concedemos, e que no caso podemos chamar “perdão”

A.




domingo, 29 de julho de 2018

Sentidos




Como eu gostava de saber escrever
Em letra viva, na alma impressa
Os mil sonetos dos teus sentidos
Que migram em bando aos meus
Do teu olfacto capto o mar numa redoma
Do palato, o sabor dos paraísos perdidos
Do ouvir, a sinfonia das pautas em branco
Da tua voz, o eco do teu coração a versar
Do olhar, os céus onde aprendo a voar
Do tacto, o trovão que ecoa na pele
Da tua Luz que em meu seio nutro
O brilho sagrado que resgata o mundo


Como eu gostava de saber escrever…

A.



sábado, 28 de julho de 2018

A Alma no Beijo



A  Alma no Beijo



O beijo é o selo de todas as alianças
A mais bela flor do nosso jardim
Com tantos e doces beijos confortou
Mirian os pés de seu amado Jesus
Com um beijo, o Cristo se cumpriu

Beijar com a alma é moldar
A omnipresente ternura da criação
Como a semente no bico dos pássaros
Semeia a prodigalidade por onde passa
Colheita, das bênçãos de Deus

A.



segunda-feira, 23 de julho de 2018

Asas perdidas


Para além do Tempo, do Espaço, da Matéria, O ALEPH é um Toque de Deus





Aleph pode ser comparado a um espelho interdimensional com que algumas pessoas se vêm agraciadas em algum período das suas vidas. Aleph é um portal, cujo acesso requer, uma, duas, ou mais chaves. 

Não sendo um prémio, mas pode ser considerado um facilitador para aqueles que estão prontos e disponíveis para o salto ascensional.

São estes, também, que carregam em si, o ónus de grandes responsabilidades positivas e negativas das suas múltiplas vidas. 

Pela conjuntura criada pelos códigos comuns de duas ou mais pessoas, gera-se a brecha em dimensão intemporal, que permite o acesso às vivências mais marcantes dos personagens, recriando dons, sublimando desafectos, desbloqueando traumas, reequilibrando carmas.
É sem dúvida uma experiência extraordinária que ocorre por pequenos periodos temporais e que se repete, ou não, em conformidade com a compreensão e o respeito para com esta dádiva Divina.

As consequências destas experiências são sempre marcantes, requerendo dos envolvidos grande abertura mental, a superação das baixas emoções, e uma compreensão plena e abrangente das vivências insólitas em que se vêm inseridos, quantas vezes procedendo ao fecho de acontecimentos traumáticos que os ligam entre si há muitas vidas.

O Aleph, é o amor de Deus em acção por aqueles que, por méritos acumulados, são postos à prova do ver mais além, na obtenção do equilibrio necessário, para novos desafios deste mundo em mudança.

Sem rituais ou locais especiais, o Aleph gera-se do nada, apenas pela sincronia energética, e o plano alonga-se para que cada personagem dê o seu melhor, na transformação interior.

Nem sempre compreendido, quando as facetas do ego, inveja, o mal, levam a palma, o Aleph parte, tal qual como um comboio que se perde, assim se perde a oportunidade de ouro, ponte transcendente dos chamados.


A.


sexta-feira, 20 de julho de 2018

Imaginem





   Imaginem…..que são o refrão desta canção
Que vosso olhar, é lago de paz onde todos possam mergulhar

Imaginem…..as vossas mãos a abençoar
Emanação de um abraço partilhado, desenhado no ar

Imaginem…..que o coração universal, é o vosso, a soar
no apreço, elevação e conforto da vossa palavra a doar

Imaginem que as cores de Deus desabrocham
no enlevo e amor que colocam no Caminho, ao andar

Imaginem…..a vossa Alma como farol a iluminar
Anjos a despertar, escultores, do amor incondicional

Imaginem...aceitem, a vossa essência sagrada, pois sois
testemunhos, herdeiros, do Mestre secular

A.







sexta-feira, 13 de julho de 2018

O bater de asas




Nos confins do mundo conhecido, a borboleta bateu as asas douradas, santo e senha do efeito de onda lento e progressivo da ascensão.

Magma em ebulição a bulir com as raízes cansadas que se rendem com o estertor da árvore quando é derrubada, e as amarras mentais vão sendo desgastadas na disfarçada loucura da escravização a que chamam racionalidade civilizacional.

Outras, as vides fortificadas, libertas das raízes do ego/individualismo ganham asas, são hostes numericamente pequenas embebidas do sal da terra e da essência do céu, como pássaros em migração, ajustam o V da formação, energia taquiónica, poder de tração, são a força de elevação.

No tempo do não tempo tudo se cumpre no plano de Deus (Consciência Suprema)

A. (Vozes da Terra)


quinta-feira, 12 de julho de 2018

Madrugada minha


É na madrugada que a luz é mais pura

Na ténue escuridão que luta por vencer

Não engalanada pelo que acredita ser

Contém em si a força do sol por nascer

terça-feira, 10 de julho de 2018

O caminho espiritual - Wu Jyh Cherng


Um caminho espiritual não é um caminho onde se busca benefício exclusivamente pessoal, onde o mundo deixa de ter importância. Por isso, a sinceridade interior é essencial para podermos alcançar o estágio de caminhantes. 

Sinceridade significa fidelidade, lealdade e honestidade, consigo próprio e com os outros.

Então, para retornarmos ao Tao, ao Absoluto, temos que primeiro recuperar o nosso bem-estar e a nossa paz interior. A partir desta condição, podemos encontrar o silêncio e a quietude interior, abandonando uma identidade egóica e trilhando um caminho que está além da forma e das linguagens. E, ao trilhar este caminho, integrando-o na nossa vida diária, vamos-nos unindo ao Tao.

Wu Jyh Cherng

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Diluir nas Águas Sagradas e Entregar


DILUIÇÃO

O que é um processo espiritual? O que é fazer processo?
Fazer um processo espiritual é deixar-se diluir nas águas.
A diluição é um comando poderoso da alma.
A alma dilui-se no Universo. Dilui-se na energia.
E essa diluição no todo é o que faz com que a alma seja parte do todo, parte do Universo. É nesse diluir que mora o segredo da comunhão.
O ser humano, tal e qual como está, tal e qual como vive nessa energia densa aí em baixo, não está minimamente preparado para se diluir.

Ele pensa que é matéria, não sabe que é energia. Se ele soubesse que é energia, sendo a matéria um mero invólucro, que serve para carregar as limitações físicas que atraiu para poder trabalhar as suas fragilidades…
Se ele soubesse que a sua parte energética é a sua parte mais poderosa…Se ele soubesse que só se diluindo como físico, só se diluindo como espírito ele encontrará a dimensão da alma e finalmente se poderá fundir…

Se ele soubesse que o acordo que firmou antes de encarnar lhe traz o dever de se diluir em energia para melhor fazer a fusão que lhe irá devolver a unidade…Se ele soubesse…
– E como fazer para diluir? Para chegar à frequência da alma? É fácil: Diluir é deixar que cada coisa aconteça quando tem de acontecer.
Se alguém de quem gostas te faz mal, por exemplo, deves chorar. Chorar de tristeza. Chorar de tristeza por teres atraído alguém assim, que é tão infeliz ao ponto de magoar quem lhe quer bem. Só isso.
Só assim te irás diluir na própria emoção que sentes, e nunca, nunca bloquear uma dor.
Aos poucos vais-te habituando à ideia de que a vida traz emoções alegres e tristes, e que tudo flui se não deixares escapar nada.
Sentir, sentir, sentir.
Mas as pessoas não fazem isto. Não se diluem em emoções adversas. As pessoas ficam zangadas, ficam com raiva, culpam as outras, ficam endurecidas, e continuam as suas vidas com um nó no peito, provocado por emoções que se recusaram a aceitar.
Como eu sempre digo, não é preciso aceitar o facto de nos fazerem mal, mas é preciso aceitar vivenciar a emoção que esse acontecimento traz.”

Diluir nas Águas Sagradas e Entregar

Alexandra Solnado
In O Livro da Luz

sábado, 7 de julho de 2018



"Dai-me senhor, a perseverança das ondas do mar que fazem de cada recuo um ponto de partida para um novo avanço.  "

Gabriela Mistral

sexta-feira, 6 de julho de 2018

O sorriso do Sol




Do pórtico da minha janela vi o rosto da tormenta, forte e denso, mas tu estavas lá... 
...eu sorri e tu sorriste de volta...


quarta-feira, 4 de julho de 2018

Muitos foram os chamados



Muitos foram os chamados


Cada consciência, cada entidade, faz a diferença.

Uma única vibração gerada em, e por amor, gera um potencial de concretização mil vezes superior a muitas vibrações de baixa índole, de ódio, de indiferença para com os outros, de separatividade. 
Sintam, o tempo é chegado....

De ler confiança, no olhar onde se revêem

De plasmar amor na palavra que edifica

De perceber que o que te sobeja noutro carece

Que nunca exista o vazio, entre a tua mão e a mão do outro

De saber, que qualquer acção, repercute de imediato em ti, antes ainda, de chegar ao outro


Que muitos sejam os escolhidos