Contrariamente à opinião de alguns movimentos e pensadores actuais, as emoções não são “um alvo a abater”. O idealismo preconizado por estas opiniões, materializar-se-ia num ser racional, abstracto, calculista, em suma, o protótipo ideal do homem/máquina.
Não é esse no entanto o caminho do homem…As emoções são, como tudo o que nos assiste, ferramentas fundamentais ao nosso desenvolvimento espiritual.
Dimensão astral - Corpo das emoções – Perispirito, são, entre outras, denominações que se referem ao campo onde vivenciamos as experiências, pelas quais, estamos aqui.
É o laboratório onde somos pesquisador e pesquisa, é a nossa bancada alquímica.
As emoções representam o plano mediador entre o instinto (animal) e o hominal (humano consciente), aquilo que nos aprimoramos por ser a cada dia.
Existem as chamadas emoções negativas e as emoções positivas, umas são as que nos desarmonizam, outras as que nos conduzem a estados de serenidade e elevação.
E o trabalho do Ser, é a transmutação das mesmas, pelo reconhecimento que tem de si mesmo, da sua vulnerabilidade ao estímulo externo, e da sua capacidade de se situar no campo que elegeu.
Sim, porque a escolha é sempre nossa.
Emoção é energia, esta por sua vez é a força, que leva a acções ou reacções que promovem mudança de padrões de vida, de formas de ser, e até de estados de saúde.
Somos seres sociais, cuja interacção é facultada pelo campo emocional, o aprendizado é feito pela vivencia das emoções.
Esta é também a razão primordial quer da actual encarnação quer da missão da mesma.
Sempre que rejeitamos as nossas emoções pelo racionalismo do nosso conceito, negamo-nos uma oportunidade de crescimento, não pela liberdade de escolha, mas pela fuga à mesma. Outras das causas da rejeição, ou negação emocional, são os graves transtornos psíquicos e físicos que esses bloqueios acarretam.
O trabalho é ir além das formas, os altos muros, que os nossos medos constroem e reforçam constantemente.
Sendo componente fundamental da evolução humana, torna-se também fundamental, aprender a gerir as emoções, reconhecer impulsos, educar hábitos, reflectir sobre o que nos provoca cada situação, enfrentar resistências, ir ao encontro da nossa veracidade, em suma, fazer escolhas.
Habilitar o nosso corpo emocional com a paz, a gratidão, a quietude, a mansidão, a fé…
Gradualmente, a escolha D`Alma ganha forma, o reagente da pesquisa, é o próprio pesquisador, que reencontrou a fórmula exacta, o caminho de retorno ao seu Eu, pela via sagrada da emoção.
A.