segunda-feira, 25 de abril de 2011

Os Véus de Maya

Lança-se no vento sem bússola ou norte

Ou seria no mar, arremesso sem guia

No pó da terra, quer raízes firmar

Floco de neve em ciclo solar



Sonho de cavaleiro andante

Da vida, o palco da mente a migrar

As mil deixas que precisa declamar

São santo e senha para o rasto firmar



Armada de caravelas perdidas

Bandeiras rasgadas que o tempo traiu

No porão, arca velha, desenhos de carvão

Da fonte renovada de que se alimentou



Tempera de aço fino em forja de desamor

Em asas alquebradas séculos transpôs

Graça dos céus, que o tempo chegou

E a realidade suprema, renovou



A.