quarta-feira, 6 de abril de 2011

O Elogio


O elogio, tão arredado dos nossos hábitos sociais e educacionais é um dos melhores e mais estimulantes bálsamos para todas as desarmonias psicofísicas e espirituais.
A aversão à prática do elogio deve-se a duas circunstâncias:

- Uma, a de que o ego pessoal se contrapõe á doação generosa de elogios àqueles que nos rodeiam.
- A outra, é que o elogio, é por norma conspurcado por algum interesse subjectivo, como tal, está desacreditado.

No primeiro caso:
Muitas pessoas sentem-se diminuídas quando elogiam a outrem, como se de alguma forma ensombrassem o seu próprio valor. E o descrédito do elogio já se tornou tão profundo, que mesmo os que o desejam fazer, têm receio de serem mal interpretados.

No segundo caso:
Sempre que elogiamos algo ou alguém, a fonte de onde provem esse elogio deve ser o nosso coração. Nunca um elogio deve ir munido de desejo de agradar, ou de fomentar a competitividade, como normalmente acontece com os elogios que se fazem a nível profissional, ou às crianças.

Queridos amigos, o elogio sincero, é uma outra forma de gratidão.
A frase de estímulo e carinho no momento adequado, é o nosso logo pessoal, símbolo de nobreza de carácter e generosidade.
Imbuídos e integrados na unicidade, sempre que elogiamos alguém, seja pelo mais simples acto, estamos a elevar o nosso padrão pensénico, a expressar gratidão ao Universo, e a nós próprios, pois somos parte dele.
Ou seja, estamos a qualificar aquele acto pela nossa energia amorosa, elevando o outro Ser. Isto é superação consciencial, isto é, amor incondicional.
Mas para podermos elogiar, uma outra condição é necessária…olhar o outro, ser, estar.
Olhar, realmente, quem connosco interage, desde a pessoa mais próxima de nós, àquela que nos serve à mesa de um café.
Ser, autenticamente, no amor, na amizade, ser pródigo na compreensão, na colaboração.
Estar, sempre, no momento que se apresenta, seja no trabalho, na reunião de amigos, com os filhos, ou em qualquer outro momento das nossas vidas…

Olhar – Ser – Estar – Pois só assim podemos ver, sentir, e partilhar, todos os irrecuperáveis momentos que a vida nos concede, para expandir o coração.

A todos Vós, raios da nossa Luz, a nossa gratidão

A.