Como estação a findar o ciclo se fecha em si, recolhe as asas, dá costas ao vento e deixa-se levar
Procura palavras para se confortar, a sua existência justificar, gerado que foi para a si mesmo ensinar
Da Primavera ao Outono, juntou fé para partilhar, saber para ensinar, desenhou o mapa para se guiar
Como um dia a findar, pode ver o Sol sem se ofuscar, matizes de noite salpicados, que a sombra escondeu
Faz jus á promessa do apenas ser, solta as amarras, imagem perfeita, que julgou ver, em sonhos trocados
Faz voo razante com o peso da arca repleta do ouro que não se vê, só se sente, e nem por toda a gente
Entrega-a aos céus, água, pão, vida, doação, aos deserdados do sentir, que outro ciclo, comece...
A.