sábado, 30 de abril de 2011

OM

Os Lutos

São presentes do tempo embrulhados em pacificação com laços de crescimento
Acolhe o teu luto com a graça de te saberes alem do tempo, da guerra e da paz
Afere-o não pelo seu peso ou grau, mas por aquilo que te ensinou
Ama o teu luto, pois ele é sinal da grandeza do teu ser, pelo sentir
Veste o teu luto como estação que se esvai por campos floridos
Sublima-o,  no rocio que se esfuma na excelência do que és
Transmuta-o na luz que te conduz pelas veredas a singrar
E verás, que do luto nada resta, se nada real existiu
O luto é saudade antecipada da festa dos eleitos
Tece-o com fios de ouro, faz asas para voar
Abençoadas que são, para o teu bem maior



A.

Âncora

Em sereno passeio à beira-mar reparei numa âncora sem cor, pela areia escondida, desfazada do seu habitat. Sentei-me a seu lado e fui ouvindo as suas glórias e venturas:

Firmo as naus nas tempestadas, quando as ondas alterosas abalroam

Sou guia, fio de vida, aos que vêm explorar as maravilhas do mar

Uma âncora sustém e alivia em tempo de faina, ao vento refrear

Por vezes, no oceano esquecida, sou o colo, da jazida de coral

Outras tantas, sou farol sem luz dos horizontes perdidos dos navegantes

Âncora não prende, eleva-se e flutua, imprime destino aos ciclos do tempo

Sou minério, pelo fogo transformado em abraço, fusão, mas, em libertação

dos sedimentos em transmutação, dos argonautas, que se regem pelo coração

Âncora somos todos e cada um, que por entre a tormenta, laçamos estrelas, ancoramos o Céu



A.














quarta-feira, 27 de abril de 2011

Inspiração

Miragem

Queridos Amigos,



Por estes dias de encantamento por tudo o que é, em comunhão com a terra, em gratidão plena por cada fonte de vida, venho partilhar uma experiência.



A noite escoou-se devagarinho

Fiz trono da terra orvalhada

Na busca pelo nascer do sol

Ele veio, mas não do nascente

Sua origem era o poente

Num suave toque de cor

Voz melodia com calor

E fez saber:

“ A força que irradia e sustenta o meu rumar é aquela que se pode encontrar nos corações a amar”

“ O brilho que me outorgam é o reflexo dos seres que na tormenta fazem corda para aos outros elevar”

“ A beleza que me cantas é o refrão consumado do vosso fraterno viver louvado pelas odes celestes”

“ Se eu esmorecer e vosso rasto perder sois minha herança para o mundo renascer”

“ Em cada coração deponho o dom de iluminar e aquecer pois vossa génese é solar”

“ Os meus compostos são a luz e o calor ao qual chamais amor para quem o quiser tomar”

E em jeito apressado de quem está atrasado, em balanço gracioso, aspergiu-me com o aroma do mar, e voltou ao seu lugar...

Miragem? não! é o futuro que já está presente, basta estender a mão...e abrir o coração...


A.



segunda-feira, 25 de abril de 2011

Os Véus de Maya

Lança-se no vento sem bússola ou norte

Ou seria no mar, arremesso sem guia

No pó da terra, quer raízes firmar

Floco de neve em ciclo solar



Sonho de cavaleiro andante

Da vida, o palco da mente a migrar

As mil deixas que precisa declamar

São santo e senha para o rasto firmar



Armada de caravelas perdidas

Bandeiras rasgadas que o tempo traiu

No porão, arca velha, desenhos de carvão

Da fonte renovada de que se alimentou



Tempera de aço fino em forja de desamor

Em asas alquebradas séculos transpôs

Graça dos céus, que o tempo chegou

E a realidade suprema, renovou



A.






Morrer



“Não morremos para nós mesmos; morremos uns para os outros”

Georges Bernanos


A profundidade deste pensamento conduz-nos a amplos campos exploratórios daquilo que continua a ser a principal limitação do homem: desconhecer o morrer!

Precisamente por ser esta uma época de renovação, torna-se ideal a uma profunda reflexão sobre o que estamos a criar para nós, na vida além vida.

“ Não morremos para nós mesmos”, na dimensão incorpórea, nós não ficamos libertos da vívida consciência, que na sua plena lucidez vive, aprende, evolui, ou ainda, pode estagnar, regredir ou vivenciar sofrimento por um longo período.

Esta é a paleta de escolhas que está sob a nossa responsabilidade, e certamente, do seu usufruto.

O veículo de transporte para a grande viagem, é tão só a vibração emitida pela radiação do nosso grau de consciência.

E é essa força gravitacional que nos vai apear na estação adequada (compatível) com a nossa vibração.

Entre os vários planos do reino astral, encontram-se vias de ensino, formas de aprimorar conhecimentos, entidades assistenciais, das quais usufruímos após a partida deste plano.

No entanto, e tal como acontece por cá, não podemos vislumbrar o que desconhecemos, ou aceitar o que os dogmas nos levam a desacreditar, ou ainda o que o nosso medo disfarçado de indiferença nos restringe, ou seja, o acesso à verdade que emerge pelo conhecimento, que por sua vez aflora as experiencias tantas vezes já vividas.

Citando S.S. Dalai Lama:

“devemos aprender a morrer, para melhor viver”



Ninguém se torna mais iluminado porque morre, a Luz, é aquela que diariamente fomentamos com o nosso Ser e Estar, essa, será o farol guia do nosso acostar a outras margens.

Que estes princípios nos permitam ainda perceber que o trabalho é contínuo, que a comunicação energética entre planos também…e que é nosso labor principal sermos geradores de luz.

Apego/dependência, desafectos, desentendimentos, mágoas alimentadas, tornam-se pesadas correntes nos sub-planos do mundo astral.

A missão de cada ser, cada uma com suas cores, passa por burilar as asas, para que no momento crucial do regresso ao lar, possamos voar na limpidez do transmitido, pela intenção redimido, no amor incondicional sublimado.

Queridos Amigos, a paz na vida alem vida, é preciosa, fundamental ao nosso espírito, mas atentem que é aqui, e é agora, que como uma minúscula missanga, a acrescentamos ao colar dos feitos da nossa vida, pelo fio, do dia-a-dia.



A.












quinta-feira, 21 de abril de 2011

Ciclo


Como estação a findar o ciclo se fecha em si, recolhe as asas, dá costas ao vento e deixa-se levar

Procura palavras para se confortar, a sua existência justificar, gerado que foi para a si mesmo ensinar

Da Primavera ao Outono, juntou fé para partilhar, saber para ensinar, desenhou o mapa para se guiar

Como um dia a findar, pode ver o Sol sem se ofuscar, matizes de noite salpicados, que a sombra escondeu

Faz jus á promessa do apenas ser, solta as amarras, imagem perfeita, que julgou ver, em sonhos trocados

Faz voo razante com o peso da arca repleta do ouro que não se vê, só se sente, e nem por toda a gente

Entrega-a aos céus, água, pão, vida, doação, aos deserdados do sentir, que outro ciclo, comece...



A.


Páscoa- Tempo de Renovação

A Nova Aliança

É chegado o tempo de uma Nova Aliança!
A oportunidade é constante, e para todos, porque esta aliança não depende de ninguém alem de nós próprios.
O ano de 2011, é o aferidor de todas as intenções.
Para que elas aconteçam, três são as condições necessárias á sua concretização:

- Auto-conhecimento ( só pelo aprimoramento e reconhecimento das nossas razões e motivações poderemos reproduzir as intenções da Alma)

- Pureza de intenção ( toda intenção deve ser gerada na veracidade interior e mantida pela ausência de qualquer interesse subjectivo ou subliminar)

- Que esta seja útil para a nossa missão de vida ( merecimento, fruto do trabalho realizado ou em realização)

Tal como uma aliança, o círculo vai se fechando, não estamos fora, nem dentro dele, nós somos o Círculo, o Ouroboros em constante evolução.
A total simplicidade destes preceitos, é apenas igualada pelo esquecimento dos mesmos.
Uma das funções fundamentais das consciências encarnadas é sermos estafetas, aqueles que passam o testemunho.
E o testemunho mais não é que todas as emissões que fazemos, no decorrer de cada dia. Acções, pensamentos, palavras, ou a falta delas, emoções positivas ou negativas, sentimentos e opções.

Ponto de reflexão: quantas destas emissões energéticas são conscientes? Quantas são ditadas pela pura intenção da nossa superação, e mais ainda, para a elevação do outro…

Numa época onde a procura de caminhos espirituais é tema recorrente, matéria de atenção publicitária, profissão, régua de aferição de um status de “iluminados”, impõe-se a atenção redobrada.
Devemos estar atentos, porque esta é também a época de Kali Yuga, a grande mistificação, o reino, onde o Ego é, ainda, rei.
Por vezes, as nossas necessidades de compensação psíco /emocionais levam-nos a incutir nos outros emoções desarmoniosas, a provocar o recrudescimento das suas facetas lunares.
Temos como (maus) exemplos: as intrigas – os falatórios – a depreciação do trabalho dos outros – a mentira – estes exemplos são regra comum nos locais de trabalho, entre amigos, e até nas famílias, onde sob a desculpa de que é com “ boa intenção” colocam-se pessoas contra pessoas, ao encontro do velho lema, “dividir para reinar”.
Outro desses exemplos é o ciúme, tantas vezes fomentado para estimular a virilidade masculina ou a vaidade feminina. Apoiados na sensibilidade ou sentimentos dos outros fazem disso, grades de limitação consciencial.
“ é porque tinha que ser”, é um dos argumentos mais utilizados actualmente e que de tão polivalente, cabe lá tudo…usado por muitos, e nas mais variadas situações, a tudo desculpa, a tudo iliba…como é apanágio do ser humano, adaptamos as grandes verdades ao domínio do ego.
Na nossa missão de ligação com os outros, podemos ser uma ponte, ou podemos ser um pântano, (por um ou por outro se passa) essa é a nossa escolha, e a nós retornará.
Não é pelos grandes feitos que ano atrás ano aguardamos, que nos vamos revelar…
Essa revelação já está impressa, no rolo fotográfico que é o nosso dia-a-dia, em que frame a frame, somos os realizadores do filme que é a vida de cada um de nós.

Queridos Amigos, todos temos, e na medida exacta, os meios necessários para esta magnifica e divina produção, a concretização da Nova Aliança do eu com o Divino EU.



A.






terça-feira, 19 de abril de 2011

O Céu


“Os Hieróglifos do Cosmos...são o céu sob o teu olhar”

O Céu tem segredos para desvendar
Alquimia do mago a  materializar
A fórmula, está escrita nos olhos
Que sentem  para alem do olhar


“Como das adorações entregues
sinceras oferendas aos ventos
A indicar os imensos caminhos
Nos mares dos céus desvendados

No corrimão da escadaria
Que os conduz pela descida
Sempre existe a premissa
De ver as maravilhas de um
Privilegiado ponto de vista
Afinal...o do céu, sua origem”


Subir ou descer...
O Céu não é um lugar
Sem mapa ou rota para encontrar
O Céu, é o Ser a explorar...
Que no limbo, fez o lótus desabrochar
Fogo ígneo, da luz do Sol ao entardecer
Guia dos sonhos, e dos passos por andar
O Céu é a miragem do que nunca existiu
É tão só, aquilo que o Ser queira criar
O paraíso das crianças ao sonhar

Tão simples de encontrar...O Céu









Música, companheira de sempre

A Canção de Shambhala

Aqui, e Agora

 Queridos Amigos,



Sempre que se fala em ascensão ou elevação espiritual, temos normalmente a figuração mental de algo que sobe, que se eleva. Essa imagem não corresponde á realidade pois todas as Dimensões Cósmicas são concêntricas, em ritmado e constante movimento de alternância cíclica.

Conforme decorre e se amplia o processo de expansão consciencial individual, essa movimentação gera uma aceleração das partículas atómicas, que assim estimuladas, provocam um crescente grau de vibração. Esta por sua vez, vai funcionar como um mecanismo hidráulico (subtil) que nos transporta a outros patamares dimensionais.

Por todo o globo, e fazendo uso dos modernos meios de comunicação e informação, cruzam-se noticias, previsões, sobre eventos a acontecer, supostamente, em 2012.

Por entre muita opinião, desinformação, e alienação provocada pela focagem materializada da vida, a maioria dos seres humanos não conseguem perceber a essência das antigas profecias.

Estas, estão cada vez mais certificadas pela ciência, e previsíveis, pelas condições geológicas do planeta.

A questão meus amigos, é que não estamos num compasso de espera, o essencial, está a decorrer aqui, e agora. O próximo ano de 2012 e os anos que se seguem, são apenas o marco do antes e do depois, da profunda mudança da consciência colectiva da humanidade, aquela que cada um (individualmente), promove com cada pensamento, palavra ou postura.

Contrariamente ao que muitos acreditam, a separação do trigo e do joio é apenas o trabalho resultante da depuração, que cada ser desperto, realiza a cada dia. Somos, cada um, o ceifeiro da nossa eira.

Os eventos cataclísmicos são apenas os higienizadores, que vão acomodar a escolha que cada um  está a fazer, aqui, e agora.

A cada dia que nasce recebemos o apelo dos nossos Irmãos Maiores, que nos impelem aquilo que é inevitável, a colaboração social e global.

A fragilidade das condições planetárias, das quais o Japão está a ser severo exemplo, mostram-nos claramente, que a grande lição é a da maxi-fraternidade.

Todos temos nas nossas mãos a possibilidade da co-criação de um outro vínculo interactivo.

A co-criação é poderosa e efectiva, na veracidade da intenção pelo bem comum, somos ainda os detentores da escolha do grau de sofrimento pelo qual a humanidade vai vivenciar a transição.

Estamos conectados e somos sensíveis à vibração gerada por cada um, e todos.

O nosso planeta, como entidade viva que é, reage assim mesmo, ao teor vibracional colectivo.

O poder está, ainda, em cada um de nós.



Namastê


A.




domingo, 17 de abril de 2011

Ho`oponopono

Páscoa Tempo de Libertação

A Yeshua, Aleluia



Naquela tarde distante

Em que o céu escureceu

Para sempre nos deixou

O legado das alvoradas



No preciso momento

Em que tudo parou

Em simbiose perfeita

Com todos se identificou



Sua entrega abriu o portal

Aos caminhos feitos de amor

De alto a baixo, o véu fendeu

Para o conhecimento jorrar



E pediu…



Não me adorem, caminhem a meu lado…

Altar?..... Apenas me recolho ao vosso coração

Sentirei o vosso amor, nos olhos, onde os vossos se espelhem

Dor? Porque teimais em manter-me preso a ela, se dela vos libertei!

Da cruz renasci, em templos nunca me vi, não sou gesso ou tela pintada!



Sou a Água da Vida que corre em ti

Sou o brilho do teu olhar quando sorris

Sou o arco da tua mão quando dás

Sou o calor do teu gesto de amor



Eu Sou, sempre em Ti – Não te esqueças Tu, de Mim





A.










sábado, 16 de abril de 2011

A Dor

Os avisos sucedem-se, o planeta é alvo de poderosas radiações solares que provocam alterações comportamentais. Entre estas, tudo aquilo que afecta o grau da emotividade negativa e reactiva, pelo agravamento da raiva e da agressividade.

Serão estas porventura, as causas de comportamentos incompreensíveis de algumas pessoas cuja lógica apenas será perceptível para as suas mentes atormentadas.

Porque o titulo de dor? Porque toda raiva está fundamentada na dor, aquela que cega, que julga sumariamente, que do nada impunha a espada pela capa disfarçada, com os próprios ingredientes faz a mistura… e a leve camada de verniz, estala …

Mas tenhamos em conta que as condições energéticas solares e planetárias apenas exacerbam o que já existe.

Em picos de stress mental, a lucidez esvai-se, e a raiva recalcada entra em erupção, ladeira abaixo, submerge toda razão, gera os seus próprios argumentos, torna-se escape, para a lava da frustração acumulada.

Elevamos a nossa prece para o Bem Supremo de todos os nossos irmãos. Que a dor seja compreendida e transmutada.



Recomendamos : Ho` oponopono 

O Curador

quarta-feira, 13 de abril de 2011

A Depressão - Parte II


A Síndrome da Depressão – Parte II


Sempre que existe uma causa de fragilidade em alguma área, de imediato se geram ondas de parasitismo, isto é próprio de um baixo grau de consciência, que ainda é, o estado de uma grande parte da humanidade.
Assim, os grandes monopólios que exploram a doença, detectaram de imediato a possibilidade infinita de negócio com esta peste da era moderna, que abrange todas as camadas sociais e etárias. E que melhor ainda, se presta, pela ignorância, à camuflagem de todos os sintomas que a classe médica não consegue perceber e aceitar.
E tal como acontece com algumas outras “doenças”, também nesta, o esforço não foi canalizado para o estudo e a remoção das causas que a provocam, mas para o atenuar sintomas, que as altas doses de químicos disfarçam e adiam…
Queridos amigos, todas aquelas causas a que já tradicionalmente se chamam motivos de depressão, são as fasquias das nossas provas de vida.
São para ultrapassar, pela compreensão, e em gratidão.
Se partirmos ao encontro dos princípios humanitários, de conhecimentos que nos relembrem quem somos e porque viemos, toda angústia será amainada.
- Declínios hormonais que advêm com a andropausa, menopausa, tensão pós-parto, devem ser enfrentadas com o respeito inerente a esses ciclos da nossa vida, aceitar a naturalidade desses factos, e adaptar-nos com serenidade a esses estágios.
- Pesares e lutos devem ser vivenciados, procurar a paz exterior e interior, pelo tempo que a cada um for necessário, sem nos sentir-mos diminuídos ou “fracos” por isso. A tristeza não é doença…apenas um sintoma da nossa dor interior, que não se cura com fármacos, mas sim com uma onda de imenso amor por nós próprios, pela criança em nós, que precisa do nosso carinho e atenção.
- À solidão das cidades contrapor a humanização pela interacção fraterna
- À dor da perda de seres queridos, contrapor o conhecimento profundo do que é aquilo a que chamamos morte, e que simplesmente é, um renascer para outro estado energético.
- Aos conflitos existenciais, contrapor pela elevação espiritual, pelo aprofundar o auto-conhecimento, o ser o Lótus que nasce nas águas paradas.
- Nos relacionamentos conturbados, perceber a dádiva dos acertos cármicos, e reagir pelo que é melhor para nós próprios, pois só luz pode acender outra luz, só harmonia fomenta harmonia.
Somos seres sociais, irmanados numa causa comum mas que a maioria ainda não percepciona, é nessa falta de percepção onde se gera o conflito psíquico, que leva a estados desarmónicos.
Pela prática da compaixão (compreender, aceitar e amar) por estímulos cerebrais edificantes, naturais, vamos relembrar quem somos, e a sagrada missão que cabe a cada um. Ter sempre presente, que as valências de cada Ser não são melhores ou piores, apenas diferentes, como num imenso puzzle. Só com e por essas diferenças, nos podemos complementar na causa que nos trouxe até aqui, a Unidade Cósmica.


A.

A Depressão - Parte I


A Síndrome da Depressão – Parte I

Pela extensão alcançada, à qual já chamam pandemia, vamos debruçar-nos não sobre a síndrome, mas sobre algumas causas sociais e comportamentais, que conduzem a um estado sintomático que se encaixe naquilo a que se chama depressão.
Esta nossa opinião, é partilhada por muitos círculos de estudos metafísicos e espirituais, de que a depressão é uma desarmonia espiritual, uma doença da Alma.
Fazem parte desta reflexão, os mesmos factores de alerta que há anos vêm sendo canalizados, estes factores são, na sua larga maioria, causadores da sintomatologia depressiva.
No último século, e conforme se desenvolvia o conceito do materialismo, o ser humano, foi-se distanciando da sua essência e motivação de vida.
Podemos comparar-nos a um telefone sem fios, que conforme se vai distanciando da sua base, fica sem sinal, perde a capacidade de recepção e transmissão.
Desligados da nossa realidade primeva, fomo-nos habituando à captação de outros sinais, o do conformismo, do individualismo exacerbado, da desagregação familiar, da ambição, da valorização do ser humano pelo que tem e não pelo que é, da competitividade aberrante, com a consequente desarticulação da estima individual, e até colectiva.
Enquanto a era industrial e posteriormente a electrónica se desenvolviam a passos gigantescos, foram assim mesmo, ceifando as raízes do ser humano:

 - A falta de tempo virou stress
 - O consumismo virou droga
 - A competição virou arma,
 - O individualismo virou solidão
 - A colaboração virou inveja 
 - O afecto…esse é “dado”, conforme e se, o retorno que se receber…

Apenas uma percentagem mínima da população mundial, nasce com predisposição genética (predisposição não significa que se venha a concluir) para as atrofias que afectam os neurotransmissores em certas áreas cerebrais e que podem vir a causar o estado depressivo.
O que temos sim, é a depressão reactiva, que continuada, pode degenerar na depressão orgânica.
Temos então como causas da depressão reactiva, a inversão de valores que são fundamentais ao equilíbrio psico/emocional dos seres humanos, acrescidas pela frustração das condições de vida sejam afectivas ou materiais.
Uma outra causa existe, é tão poderosa e abrangente, como desacreditada na ciência médica, e silenciada na sociedade:

Desarmonia Espiritual  (Obsessões – Fobias – Assédios)

Queridos amigos, afastamo-nos demasiado da base, do nosso centro fundamental, e como tão bem exemplifica a natureza, sempre que alguma forma de vida se desliga do seu habitat, fica doente.
E o nosso Habitat, é a Dimensão Espiritual, à qual devemos religar-nos, apenas isso, voltar a ligar, pois ela sempre esteve, e está, bem dentro de nós

A.